
Desde há quatro meses que a vida feliz e perfeita de Georgina Rodríguez foi abalada pelo pior pesadelo que uma família pode viver. Sem que nada o fizesse prever, um dos gémeos que esperava, o menino, fruto da mediática relação com Cristiano Ronaldo, não resistiu e morreu durante o parto.
Sobre o que efetivamente aconteceu, pouco se sabe, até porque o casal reservou essa informação a um núcleo muito restrito, mas é certo que se tratou de uma situação completamente inesperada. A gravidez de Gio foi sempre saudável e, horas antes do fatídico momento, CR7 e a companheira estavam longe de imaginar o que iria acontecer. Tinham divulgado um vídeo com amigos durante um churrasco na casa de Manchester e o ambiente feliz denunciava que o casal estava tranquilo e em paz. Mais tarde, no mesmo dia, acabariam por partilhar o comovente comunicado em que anunciavam que o bebé não tinha sobrevivido. "É a maior dor que quaisquer pais podem sentir. Só o nascimento da nossa bebé nos dá forças para viver este momento com alguma esperança e felicidade. Gostaríamos de agradecer aos médicos e enfermeiros por todo o cuidado e apoio disponibilizado. Estamos devastados e pedimos privacidade neste momento tão difícil. Nosso menino, és o nosso anjo. Vamos amar-te para sempre", escreveu o casal destroçado.
Quatro meses depois, Georgina dedica-se ao trabalho, aos filhos e a acompanhar a carreira de Ronaldo, mas o luto ainda não está concluído.
Na sua conta de Instagram intitula-se como sendo "mamã de seis bênçãos", a mostrar que o bebé fará sempre parte da família. No entanto, de acordo com o psicólogo Quintino Aires, a afirmação, por si só, mostra que o processo de luto ainda não está terminado. "É normal, porque ainda é tudo muito recente. No luto, passamos por seis etapas, sendo que a última é a pessoa conformar-se e aceitar o que aconteceu. Quando aceita, não diz que é mãe de seis filhos. Diz: tive seis filhos, mas sou mãe de cinco", explica à FLASH!, acrescentando que temos podido assistir às diferentes fases do luto da companheira de Ronaldo.
"A negação é a primeira fase do luto, o que leva a um isolamento muito grande. E se repararem, nessa fase a Georgina não publicou coisas sequer nas redes sociais. Depois, há um período de raiva, e posteriormente a indignação em que, quem é crente, questiona por exemplo a própria fé". Quintino Aires acredita que, pelo que é possível perceber, Gio ainda estará num período de revolta e terá um longo caminho até concluir as etapas do luto.
"Se ela esteve em Fátima recentemente, até poderá ter questionado mesmo o porquê de isto lhe ter acontecido, a sua fé. Ainda estará na fase da revolta, com a sensação de injustiça. Provavelmente, ainda iremos vê-la passar por um período de depressão até chegar à aceitação. Mas a Georgina está inserida numa família com uma força brutal, tem um suporte muito grande e isso vai ajudá-la. Passou muito pouco tempo ainda".
Depois da passagem pelo Santuário, nesta quinta-feira Gio partilhou nas redes sociais outro momento tocante. A espanhola revelou que decidiu eternizar a memória do filho, que morreu no parto, e tatuar um anjo no braço esquerdo. De lágrimas nos olhos, a companheira de Ronaldo partilhou uma fotografia no momento em que a tatuagem estava a ser feita, o que comoveu, de imediato, os fãs.
UM ANO DE OBSTÁCULOS
Certo é que, desde que começaram a namorar, este é o primeiro grande revés para Ronaldo e Georgina. Juntos, já tinham ultrapassado a polémica com Kathryn Mayorga, que acusou CR7 de violação, à doença súbita de Dolores Aveiro, que esteve em estado crítico com um AVC e, quando julgavam que nada mais os poderia afetar, sofrem com a perda inesperada do filho. No meio do sofrimento atroz dedicaram-se, mais do que nunca, à família. A tragédia coincidiu com o início das férias pelo que foi possível ver o casal a tentar superar a dor com o amor dos filhos, em momentos de ternura.
Mas em pleno processo de luto, também a vida profissional de Ronaldo é abalada. O craque falha a convocatória para se juntar à pré-temporada do clube e, depois de inicialmente se ter escudado em problemas familiares para justificar a ausência, é confirmada a instatistação do craque em relação à permanência no Manchester.
De acordo com Quintino Aires, os problemas profissionais de CR7 não estarão relacionados com o momento de tristeza que vive a nível pessoal, mas com algo mais grave que terá acontecido em Manchester. "Muito sinceramente, acho que terá a ver com outros fatores, há outras variáveis. Há uma instabilidade grande, que ficou visível no facto de ele vir responder à polémica nas redes sociais. Terá a ver com qualquer coisa que ainda vamos descobrir e que terá sido muito forte".
"Ela ainda estará na fase da revolta, com a sensação de injustiça. Provavelmente, ainda iremos vê-la passar por um período de depressão até chegar à aceitação"
Quintino Aires
Com a vida às avessas, CR7e Gio tentam encontrar um sentido e aceitar aquilo que lhes aconteceu. Certo é que para o casal Manchester será sempre uma cidade com memórias tanto doces como dolorosas. É que, se por um lado, lhes trouxe o amor de Esmeralda, que lhes deu esperança quando o mundo estava a ruir, também foi palco da maior tragédia das suas vidas.
"Eles estão prontos para recomeçar num novo sítio. Manchester, aquela casa, são sítios difíceis para eles. Portanto, a mudança é mais do que bem-vinda", diz a fonte.