
Os padrões de beleza estão a mudar. Muito lentamente, é certo! Mas, ainda assim, podemos dizer que está em curso uma espécie de revolução de mentalidades. Desde há uns anos que se caminha para a positividade corporal. Um movimento que tem sido apoiado, essencialmente, pela indústria da moda, uma das mais poderosas no que toca a influenciar mudança de conceitos nesta área.
Este movimento de beleza mais inclusivo pugna pela aceitação positiva do corpo tal como é, renegando os padrões irrealistas de beleza que tantos problemas de autoestima tem provocado essencialmente nos mais jovens. Quantos suicídios já ocorreram por não se conseguir alcançar a imagem que era [ainda é, sejamos honestos] difundida como a ideal? Quantas pessoas sofreram [e continuam a sofrer] de depressões, distúrbios alimentares e medos sociais só porque não gostam da imagem que veem refletidas no espelho?
Durante muitos anos impuseram-nos a imagem de mulheres altas, muitos magras e jovens nos anúncios publicitários, nas principais passerelles de moda e, até, na televisão. Quem vestisse acima do tamanho europeu 36-38 via o sonho de trabalhar no mundo da moda ou nos media ser renegado. Socialmente, enfrentava um julgamento ou olhares reprovadores. É aí que o ‘body shaming’ entra em ação.
Mas o aparecimento das modelos ‘plus size’ ou ‘curvy’ vieram mostrar que é possível ser-se bem sucedida neste mundo que durante décadas lhes esteve vedado. Mas mais do que isso, é a confirmação de que há novos parâmetros estéticos a ganhar espaço numa sociedade cada vez inclusiva e respeitadora da diferença.
Entre as modelos com medidas fora da "norma" já há vários nomes que se destacam. Algumas delas já entraram, inclusivamente, na lista da revista Forbes das modelos mais bem pagas do mundo. Ficam os nomes de algumas dessas mulheres que não escondem o corpo, que se mostram seguras de si, empoderadas e protagonistas de uma mudança que já não pode recuar.
É garantidamente o nome mais conhecido entre as modelos ‘curvy’. A norte-americana, que veste o número 44, foi a primeira mulher com medidas mais generosas a dar o rosto e o corpo para a capa da famosa ‘Sports Illustrated’. Isso foi em 2016. Desde então, a carreira de Ashley Graham, que foi mãe há pouco tempo, tem acumulado sucessos invejáveis, como ser capa da ‘Vogue’ norte-americana. Foi ainda a primeira a entrar na lista da revista ‘Forbes’ das modelos mais bem pagas. Falta ainda referir que a modelo é um dos rostos mais visíveis do movimento pela positividade corporal.
Foi a segunda modelo ‘plus size’ (veste o tamanho 46) a ser convidada para posar para o famoso calendário Pirelli. Antes de Candice Huffine, só Sophie Dahl tinha conseguido essa "proeza". A modelo foi escolhida pela Victoria’s Secret, gigante da lingerie em dificuldades, de forma a mostrar que a marca está a apostar na diversidade física. Candice é casada e vive em Nova Iorque.
A francesa tornou-se mundialmente conhecida quando o designer de sapatos, Christian Louboutin, a contratou para ser o rosto da campanha dos seus batons. A modelo ‘plus size’ considerou: "É um grande passo. Os padrões de beleza estão a mudar e as diferenças que costumavam ser fraquezas agora tornaram-se pontos fortes".
A modelo britânica para além de ter um rosto bonito, mostra que se pode ter um corpo com curvas mais generosas mas, ainda assim, ser atlética. Jada Sezer já participou na maratona de Londres para provar que nada é impossível aos mais cheiinhos.
Para além de já ter sido capa de muitas revistas de moda, como a ‘Elle’ e a ‘V-Magazine’, Tara Lynn fez a campanha da ‘H&M’ ‘Big is Beautiful’.
A modelo britânica tem sido chamada para diferentes campanhas de publicidade como é caso do gigante de cosmética L’Oréal e Missguided. Mais uma modelo que se tem empenhado no movimento Positividade Corporal.
A filha do ator David Hasselhoff é um dos nomes mais requisitados para os mais variados desfiles de moda. Desde que assumiu as suas curvas, veste 44, Hayley tornou-se financeiramente independente sem precisar do apelido de família para vencer na vida.
A modelo que foi descoberta graças ao Instagram, tem sido muito requisitada para desfilar na New York Fashion Week e para megas campanhas publicitárias como é o caso da Nike, e Fenty Beauty. Além disso, aderiu ao Movimento Positividade Corporal.
Pode dizer-se que a modelo já é uma verdadeira celebridade. Com 1,65m e 117 quilos, Tess é considerada a modelo mais baixa e mais pesada de todas as ‘curvy models’. Ficou conhecida através de um documentário para a televisão.
A modelo foi notícia quando a marca Lane Bryant decidiu passar um anúncio dela em biquíni sem fazer qualquer retoque no seu corpo e deixando a descoberto todas as imperfeições. Denise Bidot fundou a campanha online ‘There is No Wrong Way to Be a Woman’ [Não há uma forma errada de ser mulher].