
No espaço de um mês, aconteceu duas vezes, mas foi esta última que deixou Maria Botelho Moniz a pensar que o seu futuro na TVI pode não ser assim tão linear. Na última terça-feira, Cristina Ferreira regressou às manhãs para substituir a apresentadora no 'Programa Dois às 10' e se na primeira ocasião o tinha feito porque Maria teve de ser submetida a uma pequena cirurgia, desta vez não houve nenhuma razão plausível.
A justificação dada pela estação não convenceu. Cristina voltava às manhãs com o pretexto da realização de um programa especial para assinalar a chegada da primavera, mas para muitos soou a desculpa para justificar aquilo que estará em marcha há algum tempo, pelas mãos de José Eduardo Moniz: 'devolver' Cristina Ferreira ao seu habitat natural para desta forma tentar alavancar as audiências da manhã e, consequentemente, do dia.
A experiência desta semana ao lado de Cláudio Ramos correu bem com a dupla a liderar nas audiências, pelo que poderá ser novamente repetida a título de teste para tomar decisões futuras que, a confirmarem-se, deixam Maria Botelho Moniz em maus lençóis.
A verdade é que desde que Maria fracassou aos comandos do reality show 'A Experiência' que a popularidade da apresentadora tem sido questionada e, acima de tudo, surge a questão de para que tipo de projetos o antigo rosto da SIC é talhado.
Além disso, há ainda o facto de Maria Botelho Moniz não ser nem uma escolha de Cristina Ferreira nem de José Eduardo Moniz, tendo chegado à estação de Queluz de Baixo na era Nuno Santos, sendo agora um pouco 'neutra' na batalha de poderes na TVI.
A assistir ao desenrolar do seu futuro, a apresentadora deu, no entanto, pistas de que não ficou muito satisfeita com a substituição recente nas manhãs e, logo no próprio dia, deixou uma mensagem enigmática nas redes sociais. "Sinto demasiado. E isso é cansativo", podia ler-se nas instastories de Maria, que esta semana desapareceu dos ecrãs. A versão oficial é que estará de férias, mas a ideia de que num futuro muito próximo poderá ser substituída a tempo inteiro por Cristina Ferreira nas manhãs começa a ser cada vez mais comentada nos bastidores da TVI.
Até porque José Eduardo Moniz não tem escondido que gostava de voltar a ter a antiga parceira de Goucha a apresentar um programa da manhã. E apesar de Cristina não se ter mostrado muito agradada com o assunto, a verdade é que já é a segunda vez que regressa ao 'Dois às 10' com Cláudio Ramos.
NAMORADO É O GRANDE APOIO
Desde que tinha trocado a SIC pela TVI, há precisamente três anos, que a vida corria de feição a Maria Botelho Moniz. No entanto, nos últimos meses a apresentadora tem visto o seu trabalho questionado, algo que começou depois de ter conduzido o reality show 'A Experiência'. Bombardeada com críticas e com as audiências a não convencerem, continuou o seu trabalho nas manhãs, mas agora 'sente que lhe estão a tirar o tapete'.
Nesta fase mais complicada, Maria apoia-se no noivo, o piloto Pedro Bianchi Prata, com quem namora há cerca de três anos, e que tem sido uma peça determinante na sua vida, depois de já ter passado por períodos bastante complicados, depois de ter perdido o namorado, com quem vivia uma relação há dez anos, num acidente de mota.
"Com a morte do Salvador, eu senti a minha alma a morrer", já partilhou a apresentadora no programa 'Alta Definição', onde regressou ao dia trágico em que o namorado, Salvador Quintela, perdeu a vida.
"Eu acordei por volta das cinco da manhã sobressaltada. Eu sabia, sabes? É uma intuição, é qualquer coisa... acordei sobressaltada com uma dor no peito e ele não estava ao meu lado. Era suposto já ter chegado e não tinha chegado. Comecei a ligar para o telefone dele, ninguém atendia, comecei a entrar em pânico, até que finalmente me atendeu um polícia, fez umas perguntas muito estranhas, depois percebeu que eu era a namorada dele (...) e disse-me 'olhe, ele não está nada bem. Agora não posso falar, já voltamos a falar'. Desligou-me o telefone e eu fiquei com aquela informação 'ele não está nada bem', mas não está nada bem onde? O que é que aconteceu? Passado um bocado (...) peguei no telefone outra vez, voltou a atender-me o mesmo polícia que me diz 'espere só aqui um minuto, eu vou passar-lhe aqui ao médico que o socorreu' e passou-me a um senhor (...) que disse: 'Eu fiz tudo o que podia, mas não o consegui salvar'.Anos mais tarde, viria a enfrentar novamente o luto, ao perder o pai. Experiências dolorosas que agora ultrapassa ao lado de Pedro Bianchi Prata, o homem que a voltou a fazer acreditar no amor.