
Aos 85 anos e casado pela quinta vez, a pergunta que vamos fazer poderia parecer descabida, mas não é assim tanto, especialmente quando se trata de Pinto da Costa. Será este o último elnace do presidente dos Dragões? Há quem diga que com ele haverá surpresa até ao fim, pelo que ainda há reviravoltas à espreita. Tantas como este casamento inesperado que o levou a dar o nó na semana passada com a mais recente namorada, Cláudia Campo, que já quase perdia a esperança de chegar a Primeira Dama do Dragão.
Não foi um percurso fácil para a bancária, 39 anos mais nova, que começou o namoro com o líder portista há cerca de seis anos, numa altura em que Pinto da Costa já somava quatro casamentos (com Manuela Carmona, mãe do primeiro filho, Alexandre, duas vezes com Filomena Morais, mãe de Joana, e o último com Fernanda Miranda) e várias polémicas no campo sentimental. Tinha vindo de um tumultuoso fim de relação com a empresária brasileira e Cláudia, alegadamente um amor antigo, surgiu nessa altura.
E a verdade é que desde o início foi uma relação muito diferente das anteriores, dizem os mais chegados que marcada por uma maior acalmia e longe das grandes paixões. "A Cláudia apareceu numa altura diferente, quando a saúde do presidente já estava muito mais debilitada. Também já não fazem grandes férias nem grandes viagens. Pode dizer-se que ela ficou com a parte mais difícil", diz uma fonte, acrescentando que a bancária é uma "mulher muito low profile e íntegra" e que, talvez por isso, seja a primeira companheira em muito tempo abençoada pelos dois filhos, Alexandre e Joana. "Eles sabem que está ali uma pessoa com quem podem contar, numa altura em que a saúde dele já dá muitas preocupações. A Cláudia já passou por alguns apertos nesse sentido." Por outro lado, também não se deslumbrou, "mantendo os pés assentes na terra" após o início de relação. "Manteve o trabalho dela no banco e a rotinas. Não mudou."
Face a esta ligação especial, os filhos de Pinto da Costa foram das poucas testemunhas deste casamento civil, que decorreu no Porto, nas vésperas do aniversário de Cláudia Campo, que se torna assim, oficialmemte, na Primeira Dama do Dragão, algo que nesta altura da vida a bancária já demonstrava pouca esperança de que acontecesse. "Ela queria casar-se, mas já não acreditava que fosse acontecer. Por isso, ficou muito feliz", admite a mesma fonte, acrescentando que, como é sabido, não foram os interesses financeiros a movê-la uma vez que há uma cláusula na lei que protege o património de quem casa a partir dos 70 anos, obrigando a que este seja celebrado em regime de total separação de bens.
SEIS ANOS DE ALTOS E BAIXOS... COM FERNANDA PELO MEIO
Para os mais chegados, o casamento é uma espécie de 'prémio de consolação' por tudo aquilo que Cláudia teve de aguentar ao longo dos últimos seis anos. Foram tempos de muitos altos e baixos e algumas humilhações públicas quando, ainda durante o namoro, Pinto da Costa começou a ser visto no Porto ao lado de Fernanda Miranda, que há quem diga que nunca conseguiu esquecer e que será sempre 'a pedra no seu sapato'.
A reaproximação aconteceu depois de a empresária se separar de Miguel Osório e, apesar de nesse momento Pinto da Costa namorar com Cláudia Campo, isso não o inibiu de começar a aparecer publicamente com a ex-mulher, ao ponto de terem reatado o romance, que se estendeu por alguns meses, com o namoro com a bancária a ficar em suspenso.
No entanto, habituada às atitudes impulsivas do líder portista no campo sentimental, Cláudia Campo mostrou ser paciente e esperou discretamente não rompendo com Pinto da Costa. "Claro que lhe custou, a Cláudia não tem sangue de barata, mas sabia que aquilo ia passar", esclarece a fonte. E a verdade é que passou. Os problemas que tinham marcado os últimos anos de casamento entre o líder do FC Porto e Fernanda não conseguiram ser ultrapassados e a tensão voltou a marcar a vida dos dois que, passado poucos meses, seguiram caminhos opostos.
Era o fim de uma história de amor que levou Pinto da Costa a terminar o segundo casamento com Filomena Morais para se entregar à paixão com a brasileira, que os mais chegados dizem que foi "fulminante". Os dois conheceram-se na loja de roupa Sacoor onde Fernanda trabalhava e pouco depois já estavam a morar juntos. Numa altura ainda de algum fulgor físico para Pinto da Costa, os dois partilharam várias viagens e casaram na terra natal da noiva, em Touros, no Brasil, numa cerimónia que teve direito a lágrimas e a danças apaixonadas. No entanto, tal como todos os amores do dirigente portista, também neste parecia já haver um prazo de validade e os últimos anos já foram marcados por muitos problemas.
Os mais chegados dizem que Fernanda mudou ao longo do casamento. Da sombra e postura mais discreta, ganhou confiança e passou a demonstrar os seus gostos caros. Vestia-se de boas marcas dos pés à cabeça, passou a ser mais exigente com joias, na mesma medida em que se agudizavam também os problemas com a filha de Pinto da Costa, Joana, que nunca aceitou a relação. Eram praticamente da mesma idade e a jovem nunca aceitara o facto de o pai ter assumido a relação com Fernanda, que tanto magoara a sua mãe, Filomena, que trocara pela brasileira.
Reza a história que as duas chegaram mesmo a 'vias de facto' durante uma discussão mais acalorada nos corredores vip do estádio do Dragão.
A PAIXÃO POR CAROLINA
A vida sentimental de Pinto da Costa foi tão acompanhada ao longo dos anos como o seu mandato no FC Porto. Foram muitas as reviravoltas, as paixões inesperadas e também aquelas histórias que deixavam qualquer um colado ao desenrolar dos acontecimentos, como se de uma novela se tratasse.
Foi assim com Carolina Salgado. Foi um daqueles romances que ninguém esquece. Os dois conheceram-se num bar de alterne chamado 'Calor da Noite', onde Carolina trabalhava, e apaixonaram-se perdidamente, ao ponto de o homem forte dos Dragões ter terminado, pela primeira vez, o casamento com Filomena para viver este amor. Os anos que se seguiram foram dourados para Pinto da Costa que, ao mesmo tempo que vivia esta paixão, cimentava conquistas no seu clube.
No entanto, o romance com Carolina viria rapidamente a conhecer o outro lado da moeda, tendo sido nessa altura que 'estoirou' o caso Apito Dourado. Tudo se começava, então, a desmoronar. Quando, por fim, os dois acabaram, a guerra era evidente, tendo o relacionamento terminado com uma Carolina humilhada a escrever o livro 'Eu Carolina', onde contava a sua história de amor com Pinto da Costa, mas também os alegados casos de corrupção.
Anos intensos de amor, o calcanhar de aquiles do líder portista, mas também certamente aquilo que mantém os seus sonhos tão vivos aos 85 anos.