As imagens eram desoladoras: a enorme coluna de fumo branco que saía do topo da Catedral de Notre Dame, em Paris, corria o dia 15 de abril de 2019, não deixava dúvidas quanto à dimensão do incêndio que então deflagrava e deixou o mundo colado aos ecrãs. Assistia-se em direto ao crepitar de um dos edifícios mais bonitos e históricos da capital francesa. Durante cerca de 15 horas, todos os meios foram empregues para tentar combater o fogo. No local estavam 400 bombeiros, com uma missão que não era só apagar as chamas. Tudo teria de ser feito com um cuidado extremo, o que levou a que o fogo demorasse muito mais a ser extinguido. Os meios aéreos estavam fora de questão, uma vez que a previsão é que se fossem usados para combater o fogo, toda a estrutura colapsaria.
No dia seguinte, o incêndio foi dado como controlado, mas os estragos eram demasiado severos, e levariam a que durante os cinco anos seguintes, a mítica catedral parisiense, que data do século XVII, encerrasse portas para o minucioso (e dispendioso) trabalho de recuperação.
A missão parecia hercúlea, e o custo das obras totais foi estimado em 700 milhões de euros, que acabariam por ser arrecadados com recurso a donativos de 340 mil benfeitores de todo o mundo.
Agora, é com pompa, e segurança reforçada, que Notre Dame se ergue de novo e abre portas, de cara lavada, no próximo sábado, dia 7 de dezembro, com uma cerimónia em que 3000 convidados poderão apreciar a catedral renovada a partir de uma zona exterior criada para que todos pudessem contemplar a nova fachada.
A presença de diversas personalidades vai levar a que a segurança seja reforçada para a inauguração, que contará com apontamentos musicais e chefes de Estado dos mais diversos países. Donald Trump já confirmou que iria fazer a longa viagem dos Estados Unidos para a Europa de forma a estar presente no momento.
"É uma honra anunciar que vou viajar a Paris para presenciar a reabertura da Magnífica e Histórica Catedral de Notre Dame", fez saber.
Fora do perímetro de segurança, mas com vista privilegiada para Notre Dame será erguida, junto ao rio, uma área para que os parisienses possam assistir ao renascer da capela gótica, que surge agora mais bonita depois da devastação.
