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Saudades do Dude? Jeff Bridges volta aos ecrãs com ‘O Velho’ depois de um linfoma agravado por covid quase lhe ter roubado a vida

Ator californiano de 72 anos regressou à televisão, apesar da relutância, depois de anos muito difíceis, mas garante que conseguiu sempre olhar para o lado positivo.
Afonso Coelho
Afonso Coelho
28 de setembro de 2022 às 22:34
Jeff Bridges, The Old Man, O Velho
Jeff Bridges, The Old Man, O Velho Foto: FX

‘O Velho’ é um dos grandes destaques da semana no que toca às estreias no streaming, e muito se deve ao regresso de Jeff Bridges ao pequeno ecrã, ele que desde a década de 1960 não era regular numa série televisiva.

Na série criada por Jonathan E. Steinberg e Robert Levine, o ator de 72 anos, vencedor de um Óscar por ‘Crazy Heart’ e que ficou no coração dos cinéfilos pelo seu Dude de ‘O Grande Lebowski’, interpreta Dan Chase, um antigo operacional da CIA que esteve escondido durante 30 anos e vê-se forçado a voltar à ação. A primeira temporada estreou nos Estados Unidos em junho, através da televisão convencional, pela FX, e chega agora a todo o mundo com a inclusão na biblioteca do serviço de streaming Disney+, estando já está renovado para uma segunda temporada. Para além de Jeff Bridges, o elenco conta com John Lithgow, Bill Heck, Leem Lubany e E. J. Bonilla.

O californiano até confessou que inicialmente estava reticente a aceitar o convite, mas que a evolução dos produtos televisivos o entusiasmou: "Eu originalmente resisti a fazer televisão. O meu pai, Lloyd Bridges, fez várias séries, e eu via o quão frustrado ele ficava com a rapidez com que eram filmados e a falta de atenção ao pormenor. Mas depois eu comecei a ver todo este conteúdo excelente que tem sido feito nos últimos tempos e pensei que tinha de o explorar", revelou à ‘Variety’. Sobre a série, Jeff Bridges mostrou-se feliz por ter tido a ajuda de Christopher Huddleston, operacional da CIA na vida real que lhe "ensinou todos os detalhes" da profissão, tendo também elogiado a capacidade criativa dos dois argumentistas, John Steinebrg e Warren Littlefield, que tiveram a missão de adaptar o romance original de Thomas Perry, que, curiosamente, Bridges diz ter-lhe sido oferecido por um amigo (mas não lido) anos antes de ter recebido este guião.

As palavras de Bridges virão também certamente de uma zona de alívio, depois da complicada luta que o ator teve de enfrentar, já após o início das gravações, que ficaram paradas devido à pandemia. O californiano passou por tempos extremamente duros a lutar contra um linfoma que lhe foi diagnosticado em 2020, problemas que se intensificaram quando sofreu sequelas consideráveis da covid-19, tendo sido infetado na clínica onde fazia quimioterapia, levando a que o seu estado de saúde piorasse significativamente.

Para gáudio dos muitos fãs do seu trabalho, em setembro de 2021, Jeff Bridges anunciou que o cancro havia entrado em remissão e estava já "do tamanho de um berlinde" – agora, diz que tudo isto o levou a refletir seriamente sobre o seu futuro na indústria: "Depois da doença, não sabia se iria voltar a trabalhar, pensei que me ia reformar", afirmou à mesma publicação.

Ademais, Bridges já havia referido, em declarações à Sky News, que, mesmo no pior momento, conseguiu olhar para o lado positivo: "Eu estive doente durante dois anos. Foi quase como um sonho. Nem tudo foi mau – houve partes maravilhosas que foram inesperadas, sentir todo aquele amor a chegar a mim da minha família, dos meus amigos e de todas estas pessoas pelo mundo fora. Foi um sentimento maravilhoso e as emoções que isso despoletou em mim. Eu disse, ‘Isto é a vida, isto é incrível’, e tudo ficou muito precioso durante esse tempo", concluiu.

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