Balbúrdia no funeral de Marco Paulo. Pisadelas, empurrões e pessoas a trepar para o telhado de jazigo
Alguns fãs de Marco Paulo quiseram tanta questão de ver o enterro do cantor na primeira fila que causaram o caos no cemitério, junto ao jazigo. O sobrinho do cantor, segurança de profissão, lamentou os acontecimentos.
A alameda apertada do Cemitério dos Prazeres, em Lisboa, onde se localiza o jazigo 2886, e onde repousam desde dia 27 de outubro os restos mortais do cantor Marco Paulo, que faleceu no passado dia 24 de outubro aos 79 anos de idade, foi pequena demais para os milhares de fãs que se quiseram despedir do consagrado artista.
No meio da confusão, muitos foram o que se posicionaram entre os jazigos vizinhos ao do cantor, outros subiram a um balcão em frente ao jazigo para assistir de varanda à colocação do caixão do cantor no espaço fúnebre de família e um fã mais ousado subiu mesmo ao telhado de um jazigo para assistir, de lado, à deposição do caixão no local.
Por isso, entre pessoas que colocavam à frente da carrinha funerária, impedindo-a de se posicionar onde era pretendido e os que se acotovelavam para conseguir um lugar dianteiro e com melhor vista para o caixão, ouve alguns que abusaram claramente das regras, em muitas situações ignorando as advertências dos responsáveis pela funerária.
Pedro Silva, segurança na Comissão Europeia e filho de Alfredo, o irmão mais novo do artista, destacou a indisciplina de algumas pessoas que quiseram despedir-se do tio: "Estiveram lá milhares de pessoas e, durante a missa, o padre teve mesmo de interromper algumas vezes e pedir calma. Toda a gente queria entrar na basílica, ouvir a missa, tocar no caixão… E no cemitério também não foi fácil", lamentou.
Mais complicado para a família acabou por ser a despedida do ente querido no cemitério: "O espaço onde está o jazigo não é muito grande e havia uma grande aglomeração de pessoas. Algumas subiram para cima de outros jazigos ao lado e os funcionários do cemitério tiveram de intervir", conta, acrescentando que foi "complicado, mas as pessoas foram muito compreensivas e não houve nenhum problema. Correu tudo muito bem e claro que nós nos levamos a mal estas situações. É normal, o meu tio era muito amado, muito acarinhado."