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Polémica

Como Beatriz Lemos, gestora da malograda Glam, confiou cegamente no irmão, Luís Lemos, que já tinha sido condenado por abuso de confiança, e acabou com um rombo de 1,5 milhões

Ana Guiomar, Rui Unas, Diana Chaves, Sofia Ribeiro, Nelson Évora e Patrícia Bull entre os lesados da conhecida agência, que declarou insolvência e deixou um rasto de dívidas de mais de 1,5 milhões de euros.
Por Joana Guterres | 25 de outubro de 2025 às 11:51
Como Beatriz Lemos, gestora da malograda Glam, confiou cegamente no irmão, Luís Lemos, que já tinha sido condenado por abuso de confiança
Beatriz Lemos, Luís Lemos
Beatriz Lemos
A troca de mensagens entre Sofia Ribeiro e a Glam
Beatriz Lemos, Luís Lemos
Beatriz Lemos
A troca de mensagens entre Sofia Ribeiro e a Glam

A Glam declarou falência em agosto, depois de mais de duas décadas como uma das agências mais importantes de figuras públicas do nosso País.

A agência de Beatriz Lemos e do irmão, Luís Lemos, deixou um rasto de dívidas que ultrapassa 1,5 milhões de euros e, entre os lesados, estão os mais diversos rostos conhecidos do panorama do entretenimento nacional, como Ana Guiomar, Rui Unas, Diana Chaves, Sofia Ribeiro, Nelson Évora e Patrícia Bull.

Agora, a 'CNN Portugal' revela que o relatório de insolvência demonstra uma gestão "marcada por decisões comerciais desastrosas" e falta de controlo financeiro.

A gerente Beatriz Lemos nunca questionou o irmão acerca da situação financeira da devedora”, lê-se no documento. Já Luís Lemos “nunca foi capaz de contrariar as decisões comerciais da sua irmã, apesar de saber que a situação financeira da Glam não permitia tais decisões”.

Ainda de acordo com o relatório, a Glam faturava cerca de 3,3 milhões de euros... mas os custos fixos rondavam os 2,7 milhões.

Os dois irmãos ainda criaram novas empresas, como a Glam Models, que só vieram agravar a situação e a maioria acabou dissolvida ou vendida. “As más decisões comerciais traduzidas na criação de novas empresas consumiram elevados recursos da insolvente”, conclui o relatório.

Ainda segundo a 'CNN Portugal', alguns agenciados consideravam que, apesar da aparente confiança total que Beatriz Lemos depositava no irmão, Luís Lemos "não tinha capacidade para gerir uma empresa", até porque, em 2019, fora condenado a dois anos e dois meses de pena suspensa por abuso de confiança num processo relacionado com outra agência.

Nesse caso, os lesados foram Joana Santos, Maria João Bastos, Nuno Lopes, Pedro Górgia e Rita Blanco, num total de 53 mil euros. Apesar desta condenação, Luís Lemos continuou como responsável financeiro da Glam até abril deste ano.

A advogada dos lesados, Luísa Assunção, levanta dúvidas sobre movimentações suspeitas antes da insolvência, incluindo a passagem de duas casas para o nome da deputada Dália Miranda, ex-mulher de Luís Lemos, que explora dois alojamentos locais no Porto.

O 'CNN Portugal' avança que Dália garante que os negócios "são seus" – admitindo no entanto que Luís Lemos “ajuda porque é o pai da filha” – mas a advogada alerta: “Se conseguirmos demonstrar que determinado divórcio e partilha de bens são simulados, a consequência será a anulação da partilha e os bens voltam para a esfera patrimonial da pessoa”.

Através do seu advogado, Paulo Cerqueira, Beatriz Lemos garantiu que “a gestão financeira não estava a seu cargo” e que “ela se dedicava à parte comercial”. Já Luís Lemos afirmou: “Fui responsável porque nunca me opus às decisões tomadas. Limitava-me a fazer pagamentos conforme iam recebendo as respetivas faturas. Não tenho qualquer formação na área financeira”.

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