José António Saraiva morreu, esta quinta-feira aos 77 anos, avançou o jornal 'SOL', cujo o jornalista foi fundador.
Foi também diretor do Expresso, entre 1983 e 2005, tendo se tornado o diretor do jornal a desempenhar esta função durante mais anos. Começou a escrever com 17 anos no 'Diário de Lisboa Juvenil' e ao longo da sua vida tornou-se autor de inúmeros livros de política, história e também escreveu quatro romances. Tudo isto enquanto mantinha a profissão de arquiteto.
Chegou ao 'Expresso' para substituir Marcelo Rebelo de Sousa e começou por escrever crónicas que tiveram tanto sucesso que Augusto Carvalho o convidou para assumir o cargo de subdiretor do jornal. No entanto, achou que "era tempo de fazer outra coisa: um jornal mais leve, concorrente do 'Expresso'" e propôs a criação do 'SOL' a Francisco Pinto Balsemão que achou que seria "um tiro no pé ou um pouco mais acima". Mesmo assim e com apoio exterior, no ano de 2006, fundou o jornal 'SOL', que mais tarde mudou de nome para 'Nascer do Sol', por razões legais.
José António Saraiva assinou no dia 28 de fevereiro o seu último artigo de opinião no 'SOL' denominado "Não é uma despedida": “Nunca me senti jornalista. No jornal as pessoas mais velhas tratavam-me por ‘Zé António’ e as mais novas por ‘arquiteto’ ou ‘diretor (...) Um jornalista é um funcionário que pode influenciar pessoas, mas não deixa uma marca, um marco no lugar.”
O jornalista morreu vítima de cancro.
