Príncipe Harry à beira do desespero com lutas de poder que estão a destruir a fundação de homenagem à mãe, princesa Diana

Depois da morte da princesa Diana, em 1997, o príncipe Harry, determinado em manter vivo o legado da mãe, começou em 2004 uma organização não governamental para ajudar crianças em África afetadas pela pobreza extrema.

Durante 19 anos, o envolvimento de Harry na organização era inquestionável, no entanto, em março deste ano, acabou por se demitir do cargo de presidente devido às más relações entre os membros da direção. Outros executivos também se demitiram pelo mesmo motivo.

Sophie Chandauka, a atual presidente e principal motivo deste afastamento, apontou-os como problemáticos e destacou alegados "abusos de poder, misoginia e assédio moral", acusações que foram descartadas a 6 de agosto, através de um relatório da Comissão de Caridade, que esteve a investigar o caso.

Embora o relatório seja favorável, a decisão final é a de manter a diretoria, a mesma que levou o duque de Sussex a sair, situação que Harry não consegue compreender: "Está 'emocionalmente devastado' e 'exausto' depois de perder a batalha pelo controlo da organização de caridade que defendeu durante os últimos 19 anos", referiu o 'The Telegraph'. 

"O mais devastador para Harry no meio de tudo isto é que o trabalho da sua vida e todo o dinheiro que conseguiu injetar no Lesoto e no Botsuana foram por água abaixo", acrescentou uma fonte próxima. 

Esta fonte deixou duras críticas a Sophie: "Ela está a permitir que tudo vá por água abaixo devido ao seu próprio orgulho e arrogância... Harry criou esta instituição de caridade do nada durante os últimos 19 anos".

A Sentebale partilhou um comunicado no seu site em que agradece as conclusões da investigação, mas considera que a análise do suposto "assédio e ciberbullying" não foi desenvolvida como deveria.

"A Comissão não investigou nenhuma denúncia individual e, portanto, não chegou a nenhuma conclusão em relação a pessoas individuais, incluindo o príncipe Harry. As questões não investigadas pela Comissão podem ser tratadas por vias mais apropriadas do que a própria Comissão", deixando no ar que a luta ainda não fica por aqui.