
A ex-modelo Sheila Kennedy acusa Axl Rose de a agredir sexualmente num hotel em Nova Iorque, em 1989. Kennedy diz que o cantor de 61 anos usou a sua fama e estatuto de celebridade com o intuito de "manipular, controlar e agredir sexualmente de forma violenta", pode ler-se, no documento obtido pela ‘People’.
Este encontro entre os dois já havia sido mencionado na biografia da antiga manequim de 61 anos, em 2016, dizendo, na altura, que a deixara "a chorar e a sangrar". Desta feita, começou por afirmar que "não tinha conhecimento prévio" de quem era o cantor dos Guns N’Roses, quando o conheceu numa discoteca.
Kennedy diz que terá abandonado o local com Rose e que se dirigiu à sua suite de hotel, quando o artista a terá "empurrado contra a parede e beijado-a", ainda que ela refira que não se tenha importado dado que estava disponível para ter relações sexuais com Rose. Foi apenas com o decorrer da noite que a situação se tornou "desconfortável" quando o cantor começou a promover sexo em grupo e o viu a ter sexo com uma outra modelo.
Kennedy terá aí saído do quarto e sido alvo do arremesso de um copo e de insultos. Axl Rose entrou pelo quarto onde a modelo agora estava e a atirou ao chão, agarrando-a pelos cabelos e arrastando-a até ao quarto. Aí, atirou-a ao chão duas vezes, atou as suas mãos usando a sua lingerie e depois terá "forçosamente penetrado o ânus de Kennedy com o seu pénis".
O incidente terá deixado "impactos emocionais, físicos, psicológicos e financeiros" em toda a sua vida, com sintomas de stress pós-traumático cada vez que ouvia o nome de Axl Rose ou a música da banda californiana, tendo sido diagnosticada com ansiedade e depressão e referindo que a sua carreira foi afetada negativamente, já que evitava discotecas ou cenários em que a sua música pudesse passar.
De acordo com o seu representante, Axl Rose rejeita que este relato corresponda à realidade: "Sucintamente, este incidente nunca aconteceu. Notavelmente, estas alegações fictícias foram feitas um dia antes do prazo expirar", refere, segundo a 'People'.
Esta acusação, refira-se, foi feita ao abrigo da New York Adult Survivors Act, uma janela de um ano que permitiu a alegadas vítimas processarem as pessoas que acusam de agressão sexual, sem limites temporais, a mesma que levou a guionista A.M Lukas a colocar o ator português Nuno Lopes em tribunal por alegada violação. O processo foi colocado um dia antes do fim do prazo.