
É oficial, o príncipe Harry já não tem a mesma proteção policial oficial que os outros elementos da Família Real britânica. O príncipe Harry soube na sexta-feira, 2 de maio, que o Tribunal de Recurso do Reino Unido rejeitou a sua contestação legal à decisão do Governo de reduzir a sua segurança quando visita o Reino Unido.
Na sequência desta decisão, o filho do rei Carlos III de Inglaterra deu uma entrevista à 'BBC' na qual confessou sentir-se "devastado" com a notícia, o que originou diversas opiniões de especialistas que consideram Harry como "desrespeitoso".
O jornal 'The Sun' relatou uma palestra do autor especialista em assuntos da realeza Robert Jobson. A conversa aconteceu no programa 'Royal Exclusive', no qual Robert comentou que o irmão mais novo de William "era bastante irritável... até certo ponto", acrescentando que Harry "sempre teve um toque de humor".
Nesta palestra, também esteve presente o fotógrafo Arthurs Edwards, que começou por defender o marido de Meghan Markle. "Quando viajámos com o Harry, nunca tivemos a sensação de que ele detestava a imprensa. Era muito cooperante com os media", recordou. Robert discordou: "Fazia certas coisas, lembro-me de ele fazer coisas contigo de que tu não gostavas particularmente. Às vezes era bastante desrespeitoso".
Robert lembrou ainda uma situação em que o príncipe Harry colocou uma marca de tinta roxa na testa do fotógrafo durante uma visita a um centro juvenil em Auckland, em 2015, algo a que o seu parceiro de conversa encolheu os ombros: "Nós rimos sobre isso", afirmou Arthurs, embora Robert continuasse a insistir que Harry "sempre teve um problema".
O duque de Sussex passou a viver na Califórnia com a mulher, Meghan Markle, desde 2020, ano que assinala a desistência dos seus direitos como membros da Família Real e se mudaram para os Estados Unidos. Katie Nicholl, correspondente da 'Vanity Fair' para a realeza, falou sobre o assunto neste mesmo programa do 'The Sun', 'Royal Exclusive', garantindo que o chamado "Megxit" não foi uma surpresa para ela. O editor real do 'The Sun', Matt Wilkinson, também presente no programa, comentou que "qualquer pessoa que conheça Harry sabe que ele sempre quis poder deixar a família real". "Ele já disse em várias ocasiões que gostaria de não ter nascido príncipe. Acho que ele está realmente a viver a vida que quer agora. É muito, muito triste que tenha acontecido desta forma", considerou.
Na entrevista à BBC, Harry expressou a sua frustração pela decisão do tribunal: "O rei não quer falar comigo por causa desta coisa da segurança", mas também afirmou que não queria continuar a lutar com um pai que não sabe "quanto tempo lhe resta". Harry refere-se ao cancro de que Carlos III sofre desde o ano passado, doença para a qual está a ser tratado enquanto continua a exercer as suas funções como monarca.
O Palácio de Buckingham reagiu à entrevista de Harry à 'BBC' comentando que "todos estes assuntos foram repetida e meticulosamente examinados nos tribunais, e em cada ocasião chegaram à mesma conclusão".
Em declarações à estação pública de televisão, o duque de Sussex afirmou ainda que gostaria de fazer as pazes com a sua família, com quem não fala há anos: "Alguns membros da minha família nunca me perdoarão por ter escrito um livro e nunca me perdoarão por muitas outras coisas, mas eu adoraria reconciliar-me com a minha família. Não vale a pena continuar a lutar. A vida é demasiado preciosa", afirmou nessa entrevista. "Estou certo de que muita gente, todos aqueles que me desejam mal, terão considerado isto uma grande vitória", rematou Harry.