
O pai de Greta Thunebrg, Svante, tentou uma carreira de ator e produtor com pouco sucesso; A mãe da ativista ambiental, Malena, uma cantora lírica, representou a Suécia na Eurovisão há 10 anos, também com pouco destaque. Agora os dois artistas observam de fora as duas filhas adolescentes chamar a atenção do mundo.
Greta, de 16 anos de idade, tem uma irmã três anos mais nova a seguir os passos da mãe na música. Beata Ernman tornou-se conhecida no seu país após escrever e interpretar o single 'Bara Du Vill', uma música que se tornou um hino anti-bullying e inspirou a série de livros de ilustrações 'Handbog for superhelte' (manual para super-heróis), de Agnes Våhlund e Elias Våhlund, ainda sem edição em português.
Tal como a irmã, também Beata é uma ativista, mas pelos direitos das mulheres. Depois desta canção, a jovem já lançou um álbum com temas feministas e conquistou mais de 14 mil seguidores no Instagram, número que cresce a cada dia com curiosos pela vida de Beata, uma montanha-russa. No livro 'A Nossa Casa Está a Arder. A nossa luta contra as alterações climáticas', a mãe das duas jovens, Malena, descreve a vida com Beata, que sofre com um transtorno obsessivo-compulsivo desde os 10 anos, a mesma idade em que o problema foi diagnosticado em Greta.
Algumas das manias de Beata surgem na hora de jogar as cartas, que para ela é sempre a rainha a ganhar, e ao andar na rua, sempre do mesmo lado do passeio – obrigando também a mãe a seguir a mesma regra. "Ela pode ter explosões repentinas de raiva, durante as quais grita obscenidades para a sua mãe", revela a editora de Malena.
Para Greta, Beata "é a que mais sofre" na família. "Tem 13 anos e precisa de aguentar o assédio e ódio sistemáticos. As pessoas que escrevem maus comentários e me ameaçam, fazem-no contra toda a minha família. A diferença é que eles estão sempre em casa e eu estou sempre a viajar, sem acesso [a esses comentários]", comentou a ativista ao jornal sueco 'Dagens Nyheter'.