
O encontro polémico do príncipe Frederico da Dinamarca com a socialite Genoveva Casanova, em Madrid, tem agora um outro lado que está a ser investigado.
Além das suspeitas de infidelidade do príncipe herdeiro da Dinamarca à sua mulher, a princesa Mary Donaldson, o herdeiro do trono está a ser acusado de usar dinheiro público indevidamente para a viagem informal a Madrid, bem como de usar a máquina do governo para esconder o encontro com Genoveva Casanova.
Tudo remonta a meados de outubro, quando a princesa Mary fez uma viagem oficial a Nova Iorque e o príncipe Frederico passou 12 horas em Madrid, precisamente naquele dia. Uma viagem que não foi notificada nem apareceu na agenda do filho da rainha Margarida II.
O príncipe acabou por ser fotografado num passeio com Genoveva Casanova, num jantar num restaurante luxuoso e a entrar na casa da socialite, no bairro dos Jeronimos, a dois quilómetros da embaixada da Dinamarca, onde passou a noite e saiu na manhã seguinte. Um carro da embaixada apanhou o príncipe e levou-o ao aeroporto, onde Frederico apanhou um voo de regresso a Copenhaga.
Todo o trajeto foi fotografado e publicado na revista 'Lecturas' no mês passado, precisamente quando o rei Felipe VI e a rainha Letizia estavam de visita a Dinamarca.
Agora o jornal dinamarquês 'Ekstra Bladet', citado pela 'Semana', revela documentos que dão conta que o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Dinamarca tinha documentos sobre a viagem secreta do príncipe Frederico e tem tentado esconder.
Além disso, a viagem informal supostamente não devia incluir carros da embaixada. O príncipe recebe um subsídio de quase dois milhões de coroas dinamarquesas por mês. São cerca de 240.000 euros destinados a despesas com funcionários, administração das propriedades, bem como despesas diárias.
Não é a primeira vez que Federico é acusado de uso indevido dos serviços públicos. Há três semanas, o príncipe herdeiro foi acusado de usar helicópteros do exército para viajar.