
A antiga lenda do ténis, Boris Becker, foi condenado pela Justiça britânica a uma pena de 2 anos e meio de prisão, depois de ter sido considerado culpado de ocultar ativos no valor de 2,5 milhões de libras, quase 3 milhões de euros, para fugir ao pagamento de dívidas, segundo a BBC.
O caso focou-se na declaração de bancarrota do alemão de 54 anos, que originou de um empréstimo não pago de 3 milhões de libras, referente a uma propriedade de luxo em Maiorca. A juíza do processo, Deborah Taylor, apontou o dedo ao ex-tenista pela falta de remorsos, após ter já sido alvo de uma condenação por evasão fiscal no seu país natal, em 2002.
O advogado de Boris Becker, Jonathan Laidlaw, afirmou em tribunal que a reputação do seu cliente está "em cacos" e que os casos jurídicos em que se viu envolvido o terão privado de novas fontes de rendimento: "O Boris Becker não tem literalmente nada. Não sobra nada para mostrar daquilo que foi uma das mais brilhantes carreiras desportivas. Estes procedimentos destruíram completamente a sua carreira e arruinaram a perspetiva de obter rendimentos."
Durante o seu percurso no ténis, Boris Becker venceu seis Grand Slams, incluindo três triunfos em Wimbledon, tendo o primeiro dos quais, em 1985, tornado-o no mais jovem vencedor de sempre do prestigiado torneio britânico, aos 17 anos. Foi número um do ranking e protagonizou rivalidades com outros grandes nomes da modalidade como Pete Sampras, Boris Lendl e Stefan Edberg. Mais tarde, foi treinador do atual número um do mundo, Novak Djokovic, entre 2014 e 2016, numa parceria que rendeu ao sérvio seis Grand Slams.