
Poucos nomes, se algum, terão sido tão falados durante esta edição dos Jogos Olímpicos como o de Simone Biles. A ginasta norte-americana, quatro vezes medalha de ouro, tornou incontornável a discussão sobre a saúde mental dos desportistas quando abandonou a final feminina por equipas, tendo declarado que "é importante pôr a saúde mental primeiro" – os Estados Unidos acabariam por levar a medalha de prata, terminando atrás do Comité Olímpico Russo.
Contudo, Biles iria depois anunciar o seu retorno à competição ainda durante as Olimpíadas, competindo individualmente na final de trave que se realizou na manhã da passada terça-feira. A norte-americana de 24 anos fez uma boa prova e terminou com nota 14, tendo estado em segundo lugar durante praticamente toda a prova, caindo já no fim para o bronze, após o derradeiro desempenho vencedor da chinesa Guan Chenchen, a mais jovem na prova aos 16 anos, que conquistou o ouro.
Adicionalmente, Biles revelou aos jornalistas que perdeu a tia já durante a estada em Tóquio: "Eu acordei no outro dia e a minha tia tinha falecido inesperadamente, vocês não fazem a mínima ideia aquilo que estamos a passar." A treinadora da ginasta, Cécile Canqueteau-Landi afirmou também que falou com Biles depois desta ter recebido a notícia e que esta havia dito que precisava de tempo para digerir o que se estava a passar: "Eu só pensava, ‘meu Deus, esta semana tem de acabar.’"