10 anos depois do crime, assassino de Carlos Castro quer vir para Portugal. Família de Renato Seabra mantém a esperança

Portugal acordou em choque na manhã de 7 de janeiro de 2011, com a notícia da morte trágica de Carlos Castro, vítima de um crime macabro. O famoso cronista social tinha sido barbaramente assassinado pelo namorado, o modelo Renato Seabra, de apenas 21 anos, num quarto de hotel em Nova Iorque, onde tinham ido passar a passagem de ano de 2010 para 2011.

Ao longo do dia o choque só foi aumentando, com a revelação de alguns detalhes sórdidos, como o ataque sádico com um saca-rolhas.

Renato Seabra terá "pontapeado e esmurrado o cronista durante mais de uma hora", tendo-lhe depois furado um olho e cortado os testículos com um saca-rolhas, revela outro diário nova-iorquino, o 'The New York Post', citando fontes policiais. O modelo ainda atirou o monitor de um computador contra a cabeça da vítima.

Na origem do crime terá estado uma discussão entre os dois, em que Renato Seabra confrontou Carlos Castro: "Não sou gay nunca mais!", gritou o modelo ao cronista social, antes de cometer o crime.

Segundo o mesmo jornal, a mutilação foi "longa e macabra". "Não se tratou de uma coisa de dois minutos", escreveu o diário, explicando que Carlos Castro poderia ainda estar vivo na altura da tortura.

Carlos Castro Flash

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Poucas horas depois do corpo ter sido descoberto, Seabra foi detido. Está preso há 10 anos, depois de ter sido condenado a uma pena entre 25 anos de prisão a prisão perpétua.

A sua família luta desde o início para que Seabra, que este ano completa 31 anos, venha a cumprir pena em Portugal, mas até agora isso não aconteceu.

O antigo aspirante a modelo continua encarcerado na Clinton Correctional Facility, perto da fronteira com o Canadá, e só em 2036 é que a sua pena será reavaliada. Na altura, os juizes irão decidir se o português tem direito a liberdade condicional.