A empurrar de um lado para o outro, Betty Grafstein vai ter de abrir os cordões à bolsa e pagar os 54 mil euros em dívida
José Castelo Branco levou a mulher para um hospital privado em Cascais onde Betty ficou durante 45 dias e deixou um calote de 54 mil euros antes de partir para Nova Iorque.
Continua a disputa sobre quem paga, afinal, a conta milionária do hospital privado de Cascais, onde Betty esteve internada durante 45 dias, antes de ser levada pelo filho, Roger Basile, para Nova Iorque, onde continua internada numa clínica privada de reabilitação.
A Cuf Cascais avançou com uma ação para cobrar os 54 mil euros que ninguém que pagar. O processo deu entrada, no dia 29 de julho, no Juízo Central Cível de Cascais. Os advogados de Betty dizem que é José Castelo Branco que tem de pagar a dívida, já que, paera além de ser o cuidador, foi ele quem decidiu levar a mulher para aquela unidade, sabendo que não tinham seguro de saúde e que podiam ter ido para uma unidade pública.
Por outro lado, os advogados do antigo marchand d'art consideram que deve ser Betty a pagar, uma vez que foi ela quem recebeu os cuidados. E assim fica lançada mais uma batalha jurídica que opõe Castelo Branco à joalheira norte-americana, com o filho, Roger Basile, pelo meio. O empresário americano já terá pago os 15 mil euros que custou o transporte e respetivo tratamento da mãe para os Estados Unidos. No entanto, recusa-se a pagar 54 mil euros do internamento em Cascais.
O tema esteve em análise no 'Noite das Estrelas', da CMTV, com a advogada Poliana Ribeiro a ter poucas dúvidas sobre as responsabilidades neste processo. "Quem recebeu os cuidados foi a Betty. Betty não é uma menor, nem é uma pessoa que esteja inabilitada ou incapacitada em termos de interdição jurídica (agora chama-se uma ação do maior acompanhado). Portanto, tendo sido Betty a ter recebido os cuidados, na minha modesta opinião quem tem de os pagar é ela, independentemente o marido ter achado naquela altura, numa situação de emergência ou o que fosse, que seria o melhor sítio para ela estar", considera a jurista.
A advogada defende ainda que Betty terá permanecido naquela unidade hospitalar "por sua vontade" e por isso é à norte-americana que "a Cuf terá de apresentar a fatura", sendo Betty "a parte legítima desta ação que a Cuf moveu contra ela". Poliana Ribeiro é ainda da opinião que "caso exista posteriormente, em julgamento, uma condenação do José [Castelo Branco] e seja possível estabelecer um nexo de causalidade entre a condenação do José e estes factos que levaram Betty ao hospital, não digo que aí o José não tenha que pagar, mas não é à Cuf, terá de pagar a Betty porque, neste momento, a Cuf, e bem, põe a ação contra o utente, a pessoa que recebeu os tratamentos, que é a Betty".