A história que está a emocionar o País: Carla Pereira engravidou a primeira vez aos 13 anos, agora luta pela vida das filhas, Kelly e Luana

Carla Pereira foi convidada do 'Você na TV!' em 2006 para contar a sua história de adolescente, depois de ficar grávida com apenas 13 anos de idade. Carla regressou esta terça-feira, 3, às manhãs da TVI, 18 anos depois, para voltar a conversar com Cristina Ferreira. Desta vez, traz um peso muito maior no seu coração.

É hoje mãe de cinco filhos, frutos da relação com João dos Reis – Gonçalo (16 anos), Kelly, Luana, João e Enzo. O casal vive a angústia de ver as duas meninas a enfrentar doenças raras, com condições de saúde muito frágeis e dependentes. Luana não consegue alimantar-se pela boca e tem a parte respiratória afetada. Kelly nasceu com uma anomalia congénita: espinha bífida ancorada. "Não é fácil viver com duas filhas totalmente dependentes todos os dias. Sendo que temos mais três", lamentou Carla Pereira. "A nossa vida não é fácil. É um dia de cada vez. Nada é fácil", apontou o pai das crianças.

Perante este cenário, o casal não consegue trabalhar. João optou também por ficar em casa para tomar conta das meninas, ao lado da companheira. "Elas têm as duas convulsões, patologias diferentes e iguais: porque a Kelly acabou por ficar com a doença rara da irmã em janeiro deste ano. A Kelly tem duas doenças num corpinho tão pequenino", descreveu Carla.

"Temos o Rendimento Social de Inserção, não baixo os braços, vou às armas com esse dinheiro, compro coisas. Para muitas pessoas, um euro pode ser muito pouco, mas um euro na nossa casa, em cada artigo, faz diferença. Dependo muito da ajuda da minha sogra. A avó tem sido o nosso pilar", assumiu ainda.

"A Kelly precisa de mais terapia, porque a doença veio de forma repentina e ela não tinha adquirido muitas capacidades. A mana é diferente, tinha e perdeu-as. Ela dizia 'mamã' e 'papá' e nunca mais ouvi", lamentou. "A cadeira da Luana, estamos à espera através da fisiatra que a consigam passar. As cadeiras que a Kelly precisa são mais demoradas e não sabemos se o hospital dá ou não autorização, porque são dois anos", referiu Carla Pereira.