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A queda de Francisco Pinto Balsemão: "Toda a gente passou a ter opinião sobre a sua decadência"

O ex-primeiro ministro construiu o império mais poderoso dos media portugueses. Só que o grupo Impresa passa agora por sérias dificuldades e a venda a investidores estrangeiros pode ser a única forma de salvar a SIC e o jornal 'Expresso'.
Por FLASH! | 07 de outubro de 2025 às 17:23
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Pela primeira vez, a família Balsemão assumiu que o futuro do grupo Impresa – dona da SIC e do 'Expresso' – pode passar pela sua venda. Estarão a decorrer negociações com a MediaForEurope (MFE), fundada por Silvio Berlusconi. Depois de conhecidas estas negociações, muito se tem falado do império fundado há muitos anos por Francisco Pinto Balsemão. Luís Osório também não fugiu a um dos "temas da atualidade". Na crónica 'Só Entre Nós' – publicada no 'Jornal de Notícias', o escritor começa por dizer:

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"Escreve-se sem honra ou respeito pelo passado. É tudo poeira, espetáculo e superfície. Podemos fazer da nossa vida uma soma de desejos concretizados, mas ninguém se lembra do que dissemos ontem ou anteontem, só o hoje conta, amanhã é sempre longe demais – como diriam os Rádio Macau", realça Osório.

E esclarece o escritor que isto vem a propósito "da possibilidade de falência do grupo de comunicação fundado por Pinto Balsemão. Toda a gente passou a ter opinião sobre a sua decadência, falta de visão ou incapacidade de entender que devia ter saído no momento certo. Há agora negociações em curso, talvez a possibilidade de oferecer o controle a grupos estrangeiros, de tentar salvar um porta-aviões que inclui o 'Expresso' e a SIC."

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Luís Osório evoca o passado: "O grupo que revolucionou o jornalismo e o modo de comunicar, o grupo que nasceu na 'Primavera Marcelista' para ser o fio do horizonte de uma ideia de liberdade, o projeto de comunicação que mais influenciou a democracia e que soube ser oposição a governos, mesmo ao executivo em que o seu proprietário era o primeiro-ministro… é o grupo que agora não tem armas para se opor à morte de um tempo", sublinha.

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E termina falando de Francisco Pinto Balsemão: "Mas como tantas vezes na história, a vítima é um dos principais culpados do estado a que chegámos. O combate pelas audiências, a apologia do presente e a transformação da política num exercício de 'sound-bytes' e 'fast-food', é uma herança que também tem a sua marca. De tanto desejar ser futuro, ou de tanto querer não se prender ao passado, Balsemão ficou, como todos, prisioneiro do presente. É cruel e injusto, mas é o que é."

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