João Moleira recorda "o dia mais difícil" da sua vida e como vive dedicado à mãe, "que tem uma depressão há 20 anos"
O pivot da SIC e da SIC Notícias abriu o coração sobre a morte do pai há 5 anos e como isso afetou a família.
20 de março de 2021 às 15:59
João Moleira
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João Moleira, jornalista
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"Perdi o meu pai no dia 8 de Janeiro de 2016, o ano de aniversário da SIC Noticias", começou por relembrar. Apesar do pai estar doente, face a problemas de diabetes há 6 meses (que originaram problemas no coração e rins), o pivot da SIC recebeu a noticia com um grande embate. Afinal no dia antes, tal como havia feito durante muito tempo "saia da SIC, passava por casa da minha mãe e íamos lá dar-lhe comer", recorda explicando que ficavam sempre até o mais tarde que podiam. Aliás, tinham feito isso "no dia anterior".
João Moelira abriu o coração no 'Alta Definição', e voltou a contar o pior dia da sua vida, que foi, curiosamente, num dia de festa na SIC e em que estava a apresentar um noticiário.
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"Estava no ar quando soube da notícia. Naquela dia estava apresentar o 'Jornal da Manhã' e recebi uma mensagem. Antes já a minha irmã me tinha ligado e não atendi. Só atendi a meio do jornal, numa pausa de três minutos de uma reportagem", conta ele sobre o momento que soube da tragédia.
João Moleira relembra que ficou a trabalhar apesar do embate da tragédia. "Foi aguentar mais hora e meia no ar", e "quando sentia que as lágrimas me podiam chegar ao olhos" era "pensar em coisas positivas".
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O jornalista diz que só chorou quando contou aos tios. "Sai da SIC e fui contar à minha mãe que ainda não sabia. Só chorei pela primeira vez no carro, quando contei aos meus tios. E hoje sempre que passo naquela sítio lembro-me desse momento", conta o pivot que diz que aquele "foi o dia mais difícil da minha vida".
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Diz que viveu numa casa de amor e familia mas tem pena de nunca ter dito "amo-te ao meu pai", confessa. " Tudo era expressado de outra maneira, mas não havia aquela coisa física", explica.
O pior foi para a mãe, a quem João Moleira é muito apegado. "A minha mãe vive com uma depressão há 20 anos. Primeiro porque foi cuidadora do pai, depois do marido", diz , explicando que vê-los partir a foi debilitando. "E depois ficou aquele vazio", conta. Por isso faço questão de a ver diariamente, porque sei que ficou agora um vazio muito grande. Visito-a todos os dias porque sei que lhe dou um propósito, porque é com ela que vou almoçar".
