Jorge Guerreiro explica entrada no 'Big Brother Famosos': "A minha vida estava num tédio. Sentia-me abalado psicologicamente"
O cantor era um dos favoritos mas acabou por perder para Kasha.
Jorge Guerreiro afirmou que a sua entrada no 'Big Brother Famosos' se deu devido ao tédio que sentia com a sua vida. O cantor foi entrevistado no programa de Manuel Luís Goucha na TVI, após ter sido o segundo classificado do reality show, do qual foi um dos concorrentes mais marcantes e para o qual não hesitou em aceitar o convite.
"[O convite] foi muito bom, porque a minha vida estava num tédio. A minha e de 99% dos artistas, por causa da pandemia… a minha vida era em piloto automático, eu felizmente não parava até porque tinha muita televisão para fazer, como o ‘Somos Portugal’. A minha vida era em piloto automático... faço o verão em Portugal e depois trabalho muito nas comunidades. Com a pandemia, de um momento para o outro ficámos sem nada", começou por dizer o autor de 'Vou Alugar um Quarto.'
"Fiquei comigo, às vezes ficar com nós próprios é muito bom, mas depois também tem coisas… e não é só a pandemia, como a esperança de daqui a 1, 2, 3 ou 4 meses já estar tudo a abrir e depois não acontecia. Senti-me muito abalado psicologicamente. Sabes que com a falta de trabalho vêm outras coisas de arrasto, também o poder financeiro, eu sou super correto com as minhas contas e comecei a perceber que o trabalho estava complicado, estavam a complicar também outras situações da minha vida. Não tenho medo de trabalhar e se fosse preciso arranjar um trabalho também o faria, mas também não é fácil arranjar um trabalho que me permitesse ter uma vida musical paralela. Fi-lo no início, num call center, mas tive sorte porque a minha empresa me deixava conciliar", afirmou o artista de 40 anos.
"Aquele convite surgiu numa altura em que eu estava a pensar naquilo que eu ia fazer à minha vida, tinha que fazer alguma coisa, estava super parado e não estava bem. Limitava-me a fazer alguns programas de televisão... Ainda por cima vinha janeiro que é um mês longo e não havia previsões de nada. Psicologicamente estava-me a afetar bastante. Este convite surgiu porque muita coisa boa tinha que aparecer", concluiu.
Sobre não ter vencido o concurso, apesar de muitos o apontarem como favorito, Jorge Guerreiro declarou: "Eu vou ser sincero e juro-te que nunca estive à espera de ser o vencedor. Juro-te. Óbvio que quando estava eu e o Kasha tive esperança de ser eu o vencedor. Entras no estúdio e há uma divisão clara entre os gritos para mim e para o Kasha. Aí tive esperanças de ganhar, mas não foi um balde de água fria", assegurou.
Já acerca dos colegas de casa de quem mais gostava, o cantor foi sincero: "Existe uma fase inicial do programa que é com o Bruno [de Carvalho], com quem eu me diverti muito. Eu acho que também ajudei um bocadinho a que o Bruno desconstruísse aquela imagem, porque fazíamos uma parelha fantástica. Depois houve uma altura em que ele decidiu viver mais o amor do que o próprio jogo e eu apercebi-me disso. Nessa altura eu já me dava com toda a gente da casa. A Marta foi fundamental quando nós ficámos presos na arena, eu e ela divertimo-nos muito. Com o Kasha sempre tive desde o primeiro dia uma relação espetacular. Uma relação de respeito desde o primeiro dia até hoje."
Ainda houve tempo para Jorge falar da sua relação com o pai, vitimado há cinco anos por um cancro: "Ficou o sentido de humor, ele era uma pessoa muito bem disposta. Ficou muitas saudades, porque era uma pessoa muito querida, e quando digo que ele está sempre presente, falo a verdade. Falo com ele todos os dias", disse, acrescentando, "o meu pai era uma pessoa que falava muito da morte. Mesmo quando estava repleto de saúde, tinha um medo de morrer que era uma coisa de loucos." "A primeira vez que fui à televisão foi contigo e com a Cristina, e foi no início em que se detetou que ele estava doente. O meu pai mostrava a gravação da minha presença televisiva com o meu orgulho a toda a gente, até ao carteiro ele mostrava o vídeo, ele tinha um orgulho tremendo. Ele dizia-me que me devia chamar Jorge Laranjeiro [o seu apelido] e não Jorge Guerreiro, porque assim os meus colegas do Banco já sabiam que eras meu filho."
Finalmente, em relação à mãe Amélia, indiscutivelmente uma das protagonistas das galas do 'Big Brother Famosos', referiu: "A minha relação com ela sempre foi forte, não te vou dizer que se tornou mais forte [depois do falecimento do pai], mas é óbvio que com o avançar da idade ficou."