O passado dramático de Sérgio Conceição: mortes, pobreza e muitas desilusões
O treinador do FC Porto desvenda que foi a fé em Deus que o salvou. A perda dos pais e as origens humildades deixaram marcas na sua vida. A FLASH! conta-lhe toda a história do antigo internacional português, relatada na primeira pessoa.
Muitos do que os vêem na televisão, classificam-no como "arrogante" mas quem bem o conhece diz que é "um doce de pessoa". Durante a sua carreira como jogador, e agora como treinador, Sérgio Conceição, criou muitas inimizades no mundo do futebol. Mas, afinal, o que esconde o treinador do FC Porto por detrás desta faceta de durão?
Marcado por um passado de dor, o técnico dos dragões não esquece tudo aquilo que viveu antes de se tornar uma estrela no futebol português e internacional. Desde as mortes dos pais, quando tinha apenas 16 e 18 anos, às dificuldades financeiras. O que o salvou? A fé. É um homem que depositou toda a sua confiança em Deus e que "se sente preenchido".
ORFÃO NA ADOLESCÊNCIA
"Tive uma infância difícil." Foi assim que Sérgio Conceição começou por falar do seu percurso de vida à FLASH!, em 2016. Com apenas 16 anos, o treinador da equipa da Invicta perdeu o pai, num trágico acidente de mota, um dia depois do ex-futebolista ter vestido pela primeira vez a camisola do FC Porto como jogador. Dois anos depois, faleceu a mãe.
"Perdi os meus pais muito jovem. Tinha 16 anos quando perdi o meu pai e 18 quando perdi a minha mãe. Foi um golpe duro, porque sou de famílias muito humildes e foi difícil", relembra. E continua: "Era como todos os jovens adolescentes, cheio de sonhos e toda essa dificuldade fez com que me revoltasse com a própria vida. Não foi um momento nada fácil."
Foi com saudade e amor que o antigo internacional português memoriza os seus progenitores. "Éramos oito irmãos e não era nada fácil. Eram pessoas bastante humildes, que trabalhavam para sustentar uma família numerosa. Houve momentos muito complicados."
Na fase mais difícil da sua vida, Sérgio confessa que foi a fé em Deus que o salvou e que não o deixou cair num abismo: "Sou crente. A religião, para mim, foi extremamente importante naquilo que foi o meu equilíbrio, o meu crescimento e tudo aquilo que foi a educação dos meus pais, à maneira deles."
A ARROGÂNCIA E A AMBIÇÃO
Sérgio Conceição desvaloriza qualquer crítica que lhe seja feita e justifica, mais uma vez, esta sua forma de estar, com o seu passado e com o perfeccionismo que tem com a sua vida profissional: "O meu carácter foi formatado e ganhando forma com todas as dificuldades que passei. A maior parte das pessoas só me conhece da imagem que tem do Sérgio Conceição como jogador e, agora, como treinador, e não é bem aquela que sou e aquilo que vivo no meu dia-a-dia com a minha família e com os meus amigos."