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O tudo por tudo da mãe das gémeas para salvar as meninas: depois das polémicas em Portugal, há notícias sobre outro "pistolão" no Brasil

Daniela Martins terá alegadamente recorrido aos seus conhecimentos para, também no Brasil, encontrar mais uma solução para o problema das filhas gémeas. Haverá documentos que provam tentativa de manter sigilo.
Por Amarílis Borges | 27 de setembro de 2024 às 20:13
Daniela Martins e Samir Assad Flash
Daniela Martins e Samir Assad Flash
Daniela Martins e Samir Assad Flash
Daniela Martins e Samir Assad Flash
Daniela Martins Foto: Medialivre
Daniela Martins Foto: Instagram
Daniela Martins e Samir Assad Filho Foto: Instagram
Daniela Martins Foto: Instagram
Daniela Martins Foto: Instagram

A mãe das gémeas que receberam o medicamento mais caro do Mundo em Portugal, Daniela Martins, está envolvida em outra polémica depois de serem revelados documentos de um processo que decorreu em São Paulo há quatro anos em que a ex-empresária apelou pelo sigilo para evitar que outras crianças brasileiras viessem em busca do medicamento em Portugal.

De acordo com notícia avançada no 'Exclusivo da TVI', em causa está uma queixa da seguradora que cobria parte das despesas dos cuidados de Maitê e Lorena, diagnosticadas com atrofia muscular espinal. A seguradora brasileira reclamava de ter recebido faturas referentes a cuidados quando as crianças já estavam em Portugal. Ao que Daniela Martins respondeu que se tratava de despesas com uma equipa que prestava o apoio à saúde das filhas e que acompanhou a família a Lisboa, nomeadamente dois médicos, dois fisioterapeutas, uma enfermeira e "outros profissionais".

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Mas o que chama atenção é um pedido de Daniela Martins ao tribunal, através da sua advogada Graziela Costa, para que aquele processo fosse mantido em segredo enquanto a família estava a aguardar em Portugal o uso exclusivo do medicamento nas gémeas, supostamente num processo de seleção de um estudo sobre a doença - o que Daniela Martins nunca referiu na comissão de inquérito parlamentar, em junho. 

"O sigilo continua sendo necessário" pois as gémeas "são as únicas brasileiras concorrendo ao medicamento Zolgensma em Portugal por meio dessa pesquisa, e de forma gratuita", disse a advogada no processo de 2020.

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"Se divulgarem essa informação de forma coletiva, poderá prejudicar a futura tentativa de cura das meninas, pois no Brasil há mais de novecentos portadores de AME [atrofia muscular espinal], na esperança de obtenção de cura e muitas famílias vão tentar ir para Portugal com a mesma busca e esperança, colocando em risco a vantagem obtida pelas autoras, ou seja a seleção para recebimento do medicamento, que neste momento foi exclusiva".

O Ministério Público de São Paulo considerou na altura que a família das gémeas não atuou "de boa-fé" ao apresentar as faturas à seguradora, sublinhando que "vultuosos valores foram cobrados sem qualquer menção à alteração do serviço e do endereço em que residem, ainda que temporariamente", constando "nas notas fiscais apresentadas pela empresa que o atendimento médico e de equipa multidisciplinar ocorreu no domicílio das autoras".

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Recorde-se que foram as palavras de Daniela Martins sobre ter ativado um "pistolão" que deram origem às investigações em Portugal sobre o alegado favorecimento das crianças na toma do medicamento Zolgensma, em que cada dose custou dois milhões de euros ao Serviço Nacional de Saúde português. 

Na comissão de inquérito em junho, Daniela justificou a escolha daquela palavra. "Pistolão é uma gíria do pessoal no Rio de Janeiro. Significa que supostamente facilitou algum processo para se conseguir alguma coisa", disse, acrescentando que afinal não tinha certeza de qualquer influência do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

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