Filpe Silva, o ex-presidente da Galp que foi obrigado a abandonar a petrolífera depois do escândalo sexual com o alegado envolvimento íntimo com uma diretora de topo que reportava direta e hierarquicamente a si, já assumiu funções de direção numa outra empresa. Mas, antes, recordemos como o antigo CEO chegou aqui.
Casado há 30 anos – a cerimónia aconteceu em setembro de 1994, em Alenquer – Filipe Silva estava precisamente de férias com a família na Ásia, no início do ano, quando uma denúncia anónima chegou ao conhecimento da Comissão de Ética da Galp reportando o caso amoroso que o ex-CEO mantinha com uma diretora que alegadamente dependia de si hierarquicamente, comprometendo desse modo as rigorosas normas da petrolífera.
O gestor de topo da empresa viu-se assim obrigado a deixar as funções ao fim de dois anos e uma semana no cargo, justificando a saída por "motivos familiares" com "efeitos imediatos", tal como comunicado enviado à CMVM. Foi Paula Amorim quem assumiu as funções de presidente da empresa.
Entretanto, e de acordo com notícia avançada pela revista 'Sábado', no mesmo mês em que deixou a Galp, Filipe Silva passou a advisor (conselheiro) da Trivalor – em regime de part-time – e também a diretora com quem terá tido um alegado envolvimento amoroso já assumiu funções de direção numa outra empresa.
No mesmo mês em que saiu da petrolífera, Filipe Silva passou a ser advisor (conselheiro) da Trivalor – em regime de part-time, empresa que pertence à família. A gestora com quem terá tido uma alegada relação amorosa também já assumiu funções de direção noutra empresa, de acordo com a revista.
A Trivalor SGPS é uma holding que detém cerca de 100% de, pelo menos, 12 empresas, e emprega cerca de 23 mil trabalhadores. Fazem parte da holding empresas como a Gertral, a ITAU, a Strong Charon, a Sogenave ou a Serdial entre outras.
Ainda de acordo com a 'Sábado', Filipe Silva nunca tinha trabalhado na empresa até à morte do pai, João Crisóstomo Silva, que detinha 90% da Trivalor. Segundo uma fonte próxima do antigo CEO da Galp explicou em janeiro à publicação, razões de ordem pessoal, para proteger a relação familiar, levaram os dois homens a decidir não trabalharem juntos. "Discordavam bastantes vezes", justificou a fonte à revista.