
João Reis foi um dos destaques da gala dos Globos de Ouro, da SIC, deste domingo, pelo discurso que proferiu quando subiu ao palco após a peça que encenou, ‘A Praia,’ ter recebido a estatueta na categoria de Melhor Peça de Teatro.
"Este é um texto que aqui e ali remete um bocadinho para a saúde mental. Estamos num período particularmente difícil e sensível das nossas vidas, da nossa história, em que a saúde mental começa a ter uma preponderância e uma dimensão muito assustadoras e isto tem a ver com o estado das coisas que estamos a atravessar neste momento", começou por dizer o ator e encenador de 58 anos, fazendo a ponte com o trabalho premiado.
"Ontem [no sábado], em várias cidades de Portugal e da Europa, estiveram milhares de pessoas na rua a lutar por melhores condições de vida, por uma habitação possível, pela justiça climática. E são tudo pessoas que facilmente podem passar para o outro lado da fronteira. Era preciso que houvesse um líder europeu corajoso para dizer ‘Basta!’, as pessoas estão a viver muito mal, isto está a ser insustentável", acrescentou.
"Aquilo que os governos vão gastar em comprimidos, em consultas, em revolta, em radicalismo, em intolerância vai-lhes sair muito mais caro do que criar condições para as pessoas viverem com dignidade", rematou João Reis.
Catarina Furtado, ex-mulher do artista, foi uma das personalidades que louvou este discurso, com uma mensagem congratulatória: "Parabéns, João Reis". Já antes da cerimónia, a apresentadora do ‘The Voice Portugal’ deu força ao antigo companheiro: "Merece trazer a estatueta!", exclamara.