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Nacional

Isaltino Morais recorda os 429 dias que esteve preso e diz-se "vítima de inveja alheia"

O presidente da Câmara Municipal de Oeiras foi condenado por fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais. Cumpriu pena entre 2013 e 2014.
09 de fevereiro de 2022 às 19:12
isaltino morais
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Jorge Coelho, velório, basílica da Estrela, Isaltino Morais
Isaltino Morais
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Jorge Coelho, velório, basílica da Estrela, Isaltino Morais
Isaltino Morais

Recentemente, Isaltino Morais, 72 anos de idade, esteve 14 dias internado com covid-19. O presidente da Câmara Municipal de Oeiras começou por desvalorizar os sintomas e acabou nos cuidados intermédios. "Pensa-se em tudo. Pensa-se na morte", desabafou o autarca durante a conversa com Manuel Luís Goucha.

No entanto, grande parte da entrevista centrou-se no período em que Isaltino Morais esteve preso. De 24 de abril de 2013 a 24 de junho de 2014 cumpriu pena por crimes de fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais. Ao todo foram 429 dias de clausura. Dias mais duros para Isaltino Morais do que os que esteve internado no hospital.

"É mais difícil. Por um lado, não alimentar o lado mau, a revolta. Temos que alimentar o lado bom, com energia positiva. Acho que temos que ter a grandeza de perdoar e compreender as dificuldades do outro", defendeu.

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Isaltino Morais regressa a Oeiras com discurso atribulado

Isaltino Morais deixou críticas fortes ao sistema judicial e considera que foi vítima de um tempo em que era necessário "apanhar" um político. Não se arrepende porque acredita que não cometeu qualquer crime. Lança mesmo a teoria de ter sido vítima de "inveja alheia". "Agarrei-me à minha inocência. Eu até posso ter cometido um crime de fraude fiscal, admito que sim, mas é preciso que me digam qual foi, porque as finanças passaram-me uma declaração a dizer que eu não devia nada ao fisco", afirmou.

Na prisão, Isaltino Morais afirma que o melhor de tudo foram os presos. "Os outros reclusos foram os que mais me respeitaram. O melhor que conheci na prisão foram os presos. Tratava-os a todos por tu e nunca nenhum me tratou por tu", recordou.

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