
Se há área onde se nota a grande desorientação do Governo é a gestão das aparições televisivas. Pôr ministros na televisão, arranjar oportunidade para os governantes darem informação relevante, é sempre um dos maiores desafios do poder democrático. É através da televisão que qualquer autoridade política democrática comunica com os eleitores, em grande medida e numa dimensão massiva, sobretudo nos períodos sem eleições. Para que tal aconteça, é necessário criar pretextos relevantes, porque o critério jornalístico, em geral, prevalece, e os jornalistas decisores, sobretudo os competentes, não embarcam em sessões de propaganda. Podemos tomar como postulado geral que uma crise política da governação é séria quando os governantes só aparecem na televisão a gerir danos, a justificar erros, ou a corrigir problemas. Se olharmos para as últimas cinco semanas, esse tem sido o padrão, o que consagra o estado politicamente débil do Executivo. Fernando Medina, o ministro das Finanças, teve de justificar a indemnização da TAP e as buscas na autarquia lisboeta. Pedro Nuno Santos, antes e depois de sair, multiplica-se em comunicados e justificações. O próprio primeiro-ministro esteve no parlamento a responder a uma moção de censura, falou para reiterar a confiança política em Medina, e qualquer palavra sobre outro assunto foi reiteradamente ignorada. António Costa perdeu toda a iniciativa política ao ficar sem o controlo da mensagem televisiva do seu próprio Governo. Enquanto não recuperar essa iniciativa, não ultrapassará esta fase difícil.
É através da televisão que qualquer autoridade política democrática comunica com os eleitores, em grande medida e numa dimensão massiva, sobretudo nos períodos sem eleições. Para que tal aconteça, é necessário criar pretextos relevantes, porque o critério jornalístico, em geral, prevalece, e os jornalistas decisores, sobretudo os competentes, não embarcam em sessões de propaganda. Podemos tomar como postulado geral que uma crise política da governação é séria quando os governantes só aparecem na televisão a gerir danos, a justificar erros, ou a corrigir problemas.
Se olharmos para as últimas cinco semanas, esse tem sido o padrão, o que consagra o estado politicamente débil do Executivo. Fernando Medina, o ministro das Finanças, teve de justificar a indemnização da TAP e as buscas na autarquia lisboeta. Pedro Nuno Santos, antes e depois de sair, multiplica-se em comunicados e justificações.
PROGRAMAÇÃO - CR7 DAS ARÁBIAS
A transmissão dos jogos da Arábia Saudita, à boleia da integração de Cristiano Ronaldo no Al Nassr, mostra como o futebol é uma realidade muito díspar da Europa para outros continentes. O primeiro jogo deu para verificar como a velocidade entusiasmante das maiores competições está muito à frente de outras realidades, como esta, da Arábia Saudita. A decisão da Sport TV de transmitir os jogos deve ser elogiada, e vai ensinar-nos como a nossa Liga não é tão fraca como por vezes se diz. Quanto a Ronaldo, é penoso ver este fim de carreira. Quando ele se retirar, faremos todos um esforço para esquecer este último ano.
INFORMAÇÃO - CONGRESSO
O quarto maior partido parlamentar, a Iniciativa Liberal, realizou um congresso, e não foi um congresso qualquer, visto que em cima da mesa estava a escolha de um novo líder. Mesmo sendo uma instituição recente, a atenção sobre a vida interna subiu, justificando um incremento de diretos, mas sem se cair no exagero de transmissões em permanência. Conta, peso e medida são sempre os melhores conselheiros.
SOBE - 'FESTA É FESTA'
A novela de horário nobre da TVI é pau para toda a obra. Agora, resolveu o buraco no domingo, sem comprometer, mas sobretudo ao sábado, obtendo uma rara vitória no dia para a TVI..
SOBE - FERNANDO MENDES
O concurso das 19:00 da tarde, na RTP1, é sistematicamente o programa mais visto da semana do canal 1. Desta vez, perdeu apenas para Ricardo Araújo Pereira e para o jornal da SIC ao domingo. É obra.
SOBE - RICARDO ARAÚJO PEREIRA
Primeiro lugar no top semanal de audiências, o seu programa de humor é uma âncora na antena da SIC.