
1. Maria Botelho Moniz esteve 12 anos na SIC, onde se deu a conhecer como atriz na novela 'Podia Acabar o Mundo'. Em Carnaxide e Paço de Arcos, fez de tudo um pouco – do 'Curto Circuito' ao 'Passadeira Vermelha' –, mostrou ser uma mais-valia, mas nunca ninguém na estação de Pinto Balsemão lhe deu, curiosamente, um contrato de exclusividade. Nem uma oportunidade a sério. A TVI reconheceu-lhe muitas qualidades, ofereceu-lhe mais dinheiro, mais segurança no trabalho e mais desafios profissionais. E ela foi.
Hoje, quase 10 meses depois, só tem motivos para sorrir: assumiu (e bem) os 'Extra' do 'BB', substituiu Manuel Luís Goucha e Fátima Lopes nas suas férias, com distinção, e integrou-se de forma perfeita na família do 'Somos Portugal'. Agora, deram-lhe as manhãs, com o programa 'Dois às Dez', ao lado de Cláudio Ramos. Segunda-feira, 4, é, por isso, o primeiro dia do resto da vida de Maria. A herança, a de conseguir fazer esquecer Goucha e vencer os rivais Diana Chaves e João Baião, é pesada, mas possível. E essa, se acontecer, será a melhor chapada de luva banca a Daniel Oliveira.
2. António, infetado com covid-19 e internado em 26 de março, esteve em coma durante dois meses. Está numa cadeira de rodas, a recuperar das graves mazelas, numa unidade de saúde. Só agora recebeu as visitas da mulher e dos filhos. Protegidos por máscaras e separados por um plástico, abraçaram-se, beijaram-se e choraram. A reportagem do 'Jornal da Tarde' de sábado (RTP1) foi um murro no estômago. Não pode deixar ninguém indiferente e só nos faz ansiar mais pelo fim da pandemia, agora que chegou a vacina.
3. Há dias, perguntaram-me quando é que a 'Varanda da Esperança', uma crónica assinada por figuras públicas na 'TV Guia' chega ao fim. Respondi que é para continuar, enquanto houver estrada para percorrer. E o convidado desta semana, Joaquim Nicolau, ator de 'Amar Demais' e cidadão de excelência, deu-me razão: "Portugal e nós, portugueses, estamos inscritos na lista de países desenvolvidos, mas um país e uma sociedade que tem cidadãos seus, ou à sua guarda, a viverem em condições materiais, culturais, afetivas, abaixo do limiar da pobreza… Não nos podemos sentir um povo e um país desenvolvidos." Feliz 2021, caro leitor.