
Nota prévia dirigida diretamente ao meu querido Fernando Mendes: esta coisa de te chamarmos ‘Gordo’ um destes dias tem de acabar. Primeiro, por causa das dietas com resultados à vista :) e, segundo, porque atualmente não se pode chamar ‘gordo’, ‘magro’, ‘carga de ossos’, ‘nego’... não se pode chamar nada, por meigo que seja, porque o "mundo" anda politicamente correto demais no "parecer bem", anda mal-educado a mais nos disparates que depois diz nas redes sociais. Mas adiante. Fernando, serás sempre o nosso querido ‘Gordo’ e é disso que vamos falar agora!
A vida continua a correr bem na RTP no acesso ao horário nobre. O nosso ‘Gordo’ está imparável, conseguindo quase diariamente o dobro do melhor da concorrência e com isso garantindo que a estação de serviço público não caia para valores diários vergonhosos quando comparados com os da concorrência privada. 'O Preço Certo' chega a ser, várias vezes ao longo das semanas, o programa mais visto do dia, de acordo com dados auditados da MediaMonitor. A RTP só perde a seguir, quando entra o 'Telejornal' e é engolida pela SIC e até TVI. Mas o que faz com que Fernando Mendes garanta estes números? O que lhe garante conquistar o público com um programa totalmente popular. E será que este programa faz sentido numa estação de serviço público? – ou seja, será este nível de "popular" um serviço público? Bom, essas são questões às quais a própria RTP e o Estado português terão de encontrar resposta. O que é importante? Audiências ou cultura? O que é o interesse do espectador? O que devemos, em última instância, pagar? 'Festa É Festa' – que é quase uma cópia fiel (mas mais jovem) d’'O Preço Certo'. Para já, não está a correr mal – embora não concorra diretamente... para já. Se chegar a bom porto, pode ser que o ‘Gordo’ comece a ter um concorrente à sua altura. Veremos...