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Luísa Jeremias
Luísa Jeremias No meu Sofá

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A grande jogatana

Big Brother Famosos está a ter a capacidade de chamar as atenções sobre si, agarrar os espectadores, como há muito não acontecia, graças a quê? Ao elenco tempestuoso escolhido para ali figurar. Está criado o formato de sucesso: aquele em que não há um momento que não seja de tensão e é essa mesma ansiedade constante que prende o espectador.
21 de janeiro de 2022 às 07:00
Bruno de Carvalho e Leandro
Bruno de Carvalho e Leandro Foto: dr

Não é um programa que faz uma grelha, mas é um programa que pode mudar as regras do jogo e tornar uma estação vencedora... ou não.

Big Brother Famosos está a ter a capacidade de chamar as atenções sobre si, agarrar os espectadores, como há muito não acontecia, graças a quê? Ao elenco tempestuoso escolhido para ali figurar. Já sabemos que Bruno é o protagonista, mas Leandro soube criar o clima de "cortar à faca" até ser expulso e Nuno Homem de Sá está perfeito no papel do "picuinhas" que não se cala e deixa qualquer parceiro cheio de nervos. A partir deste eixo está criado o formato de sucesso: aquele em que não há um momento que não seja de tensão e é essa mesma ansiedade constante, o não se sabe o que vai acontecer a seguir – como num bom policial –, que prende o espectador. Palmas para o casting e para os atores nos "papéis" que estão a mostrar estar à altura dos mesmos e perceber o verdadeiro significado de "entretenimento" em televisão.

Se esta tensão constante vai ser suficiente para mudar o jogo SIC/TVI, ainda não se sabe. O que já é percetível é que, com aqueles domingos à noite e as repetições de Terra Nossa... não se vai a lado nenhum. Até porque o espectador parece cansar-se de tudo muito rapidamente. Embora haja exceções, algumas delas tão discretas como certeiras. Alguém um dia há de conseguir explicar o que torna Fernando Mendes e o seu O Preço Certo, na RTP1, campeões de audiências. Não, o programa não cai, concorra com quem concorrer. Mais: cresce! Disputa taco a taco com os noticiários a liderança dos rankings de audiências. Como é que isto é possível? O povo continua a ser quem mais ordena no pequeno ecrã das televisões generalistas? Bom, sobre isso não tenho qualquer dúvida. Quanto mais palhaçada, barracada, piadas mais ou menos brejeiras – mas que não ofendam ninguém –, melhor!

E se Mendes cativa, no género brincalhão o cidadão comum, Ricardo Araújo Pereira, embora mais elitizado, tem a capacidade de também o fazer. Queremos, então, uma televisão "para rir"? Bom, se for assim preocupo-me com os resultados dos "telejornais", campeões de espectadores. Na volta, são uma comédia. E isso dá que pensar...

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