
Foram meses de tormenta. De dores, de preces a Nossa Senhora de Fátima para que chegasse a graça de poder, mais uma vez que fosse, subir a um palco e cantar para uma plateia de milhares de pessoas. Não era pedir muito: apenas o que sempre teve: os fãs, os muitos e muitos admiradores, entoando com eles as canções que os acompanharam durante toda a vida, que fizeram a banda sonora de muitas histórias de amor, de dor, de paixão, de cegueira...
Esse último desejo já não foi possível mas não se pode dizer que Marco Paulo, apesar da doença fatal que combateu com quantas forças tinha, não tenha recebido todo o carinho merecido entre as manifestações de afeto extremo que foram chegando. Dos mimos na televisão às visitas dos amigos de toda a vida, nunca esteve só. E, mais, teve a seu lado o maior amor da sua vida: Marco António, o seu "Marquinho", a "alegria da casa" como identificou tantas vezes em entrevistas que deu, o seu afilhado querido que foi criado a seu lado, à sua imagem.
Marco Paulo partiu. Partiu ficando para sempre nos nossos corações. Era um homem bom, uma voz brilhante, única, poderosa, alguém que honrava a música popular portuguesa e a canção. À família, os meus sentimentos profundos. Ao Marco, gratidão por nos ter feito sorrir e cantar. Fica em paz, com os anjos.