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Luísa Jeremias
Luísa Jeremias No meu Sofá

Notícia

Ter ou não ter sentido de humor

Afinal, os árabes eram alegorias de Carnaval. De carne e osso. Meus amigos! Morri de rir. Senti-me a "burlada" mais sortuda do mundo por ter amigos assim.
01 de setembro de 2016 às 00:00

Se algum dia me perguntassem qual a característica mestra de Marcelo, aquela que faz dele uma figura ímpar, única, um encantador de massas a quem ninguém resiste, diria sem pensar muito: o seu sentido de humor.

Marcelo, o homem e também o Presidente, tem aquela capacidade de olhar a vida com um sorriso. Pode trabalhar como um cão, pode dormir pouco, pode ficar a pensar na cama, no sofá, na praia (sabe-se lá onde) nos seus e nos nossos problemas. Mas no entanto... tem aquele condão de, no momento certo, saber sorrir, saber rir das situações, saber dar a volta, e junta o que há de mais sério, real, àquela forma descontraída de olhar o dia a dia, o que surge pela frente, o que precisa resolver, sem ter que desperdiçar aquilo que Deus lhe deu: saber viver.

Vem isto a propósito das histórias que brotaram ao longo deste quente (climaticamente falando, está claro) verão. Não, não vamos falar de homicídios medonhos, nem da Caixa Geral de Depósitos, nem dos lesados do BES, nem dos bombeiros, heróis desde sempre mas que, enfim, este ano foram homenageados e nomeados oficialmente "heróis" – mais vale tarde do que nunca.

Vamos falar de 'faits-divers', tantas vezes mais sérios do que aquilo que é apelidado como tal. Vou contar uma história: Há um par de semanas uma foto chegou à redação. Nela estava o meu "mano" de há muitos anos Paulo China com um grupo de árabes. Todos vestidos a rigor. A foto chegou em cima do fecho. Foi entregue em correria com pedido de que era giro ser publicada.

Perguntei quem eram os "estrangeiros". Ninguém soube explicar. E a coisa assim ficou. No limbo. Passaram duas semanas e, do nada, surge a história: a melhor do verão. Descoberta por acaso, numa noite de copos entre amigos, no mais improvável dos ambientes.

Afinal, os árabes eram alegorias de Carnaval. De carne e osso. Meus amigos! Morri de rir. Senti-me a "burlada" mais sortuda do mundo por ter amigos assim, e ao mesmo tempo a mais traída (porque queria ter feito parte da história, evidentemente, só de imaginar o que se divertiram).

Está tudo contado na revista desta semana. Nesta. A história criada simplesmente ‘for the fun of it’ e por gente que leva a vida tão a sério como sabe olhá-la com um sorriso. Gente que cria, que imagina, que faz o país progredir, reinventar-se e que, ao mesmo tempo, gosta de se divertir. E sabe fazê-lo, com a mesma inteligência. No fundo, como Marcelo.

Aliás, esta história fez-me lembrar uma outra, contada por um amigo comum, com uma sexy atriz brasileira como protagonista, há muitos anos. E na qual aquele que viria a tornar-se presidente mostrou o seu lado mais divertido... Que é tão fundamental como o que olha o país.

Mas essa história fica para outro dia. Pode ser que, como a dos 'sheiks' faz-de-conta se repita um destes dias, e nos apanhe na curva, para soltarmos uma gargalhada com vontade e suspirarmos "é o que se leva desta vida". E acreditem, isto não são frutos da 'silly season'. Silly, somos nós se não soubermos sorrir com o quotidiano e o transformarmos para sermos felizes.

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