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Paulo Abreu
Paulo Abreu O Tal Canal

Notícia

Brincar com o fogo

Como é possível, nesta altura do campeonato, a TVI não ter garantido já Ljubomir Stanisic para uma segunda temporada de Pesadelo na Cozinha?
03 de junho de 2017 às 08:00

Estamos numa fase da vida das televisões em que os programadores não revelam uma ideia, um rasgo de criatividade sequer. Falta-lhes também ousadia e intuição. Dinheiro? Ui, essa conversa serviu para justificar muita asneira no passado recente, não agora. E, por isso, o que nos espera no Verão, com o fim de Got Talent e Danças do Mundo, dois formatos da RTP1 que aqui elogiei, não augura nada de bom. Mas, voltando à falta de visão dos responsáveis, centro-me apenas em Pesadelo na Cozinha, da TVI, que termina no domingo, dia 4. Como é possível, nesta altura do campeonato, o director-geral da estação de Queluz de Baixo, Bruno Santos, não ter garantido já Ljubomir Stanisic para uma segunda temporada?

Explico melhor: Bruno Santos já assumiu publicamente que tudo irá fazer para convencer o chef jugoslavo, o único responsável pelo sucesso de Pesadelo da Cozinha – fruto da sua personalidade, autenticidade, capacidade de liderança, trabalho e paixão –, a continuar na TVI, nem que seja em 2018, tanto é o desespero. Pergunto eu, de novo: agora, caro director-geral? Esse trabalho, que exige organização e a tal intuição de que falava, deveria ter sido feito logo no início. Isto é, no momento em que todos se sentaram à mesa, em 2016, para partir pedra e assinarem o acordo, não era uma temporada que deveria estar no contrato, mas, sim, duas… ou até três. Ou ninguém acreditava no sucesso do formato e preferiu-se jogar à defesa com aquela célebre frase "depois logo se vê…"?

Agora, criado o "monstro" Ljubomir Stanisic, a TVI já está a perder em várias frentes: a primeira tem que ver com o facto de ainda não ter garantido mais Pesadelo na Cozinha; a segunda diz respeito à fortuna que vai ter de lhe dar, porque a sua cotação entretanto disparou e é, hoje, mil vezes superior; e, por fim, arrisca-se a que uma SIC qualquer acorde para a vida e, num golpe de asa, roube o chef jugoslavo. Eu não brincava com o fogo, muito menos proferia respostas como esta, que Bruno Santos deu sobre o que a estação de Queluz de Baixo vai fazer após o formato de entretenimento, líder de audiências em Portugal, terminar no domingo, dia 4. "Vamos estar a ressacar." Enfim.

* O autor desta crónica escreve de acordo com a antiga ortografia.

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