
Ljubomir Stanisic estreou-se finalmente na SIC, com ‘Hell’s Kitchen’, e venceu o primeiro duelo frente a ‘All Together Now’, de Cristina Ferreira. No domingo, dia 14, o chef jugoslavo – acusado pelo Ministério Público de um crime de corrupção ativa e outro de desobediência – prendeu 1 milhão e 364 mil espectadores ao pequeno ecrã, enquanto a "querida inimiga" se ficou por 1 milhão e 268 mil espectadores. É claramente um sinal de força de Ljubomir, do que pode vir aí nas próximas semanas e a prova cabal, mais uma vez, de que a apresentadora da TVI tem de descer rapidamente à terra.
Afinal, voltou a elevar as expectativas em seu redor, convencida mesmo de que, sozinha, ainda pode vencer qualquer um. Já foi assim, já não é assim. As coisas mudam. E deveria, por isso, começar a assistir às conferências de imprensa de Rúben Amorim, o treinador do Sporting, para tentar perceber o que estou a dizer. Cristina Ferreira, tão eufórica com ‘All Together Now’, talvez por ter subido ao topo da Altice Arena, disse, entre outras coisas, que este era "o" programa de entretenimento de televisão no mundo, "para toda a família". "Vamos dar o melhor aos portugueses."
Duas semanas depois, e por aquilo que já vi, discordo em absoluto da apresentadora. Como é que pode ser um formato familiar quando vemos, por exemplo, Rosinha a cantar "Eu levo no pacote", em horário nobre da televisão portuguesa? Por sorte, a Leonor – a minha filha, de 11 anos – não me perguntou o que é que isso queria dizer, porque, sinceramente, não saberia o que lhe responder. A minha solução? Mudar de canal.
Regressei, portanto, ao ‘The Voice’, na RTP1, agora em modo ‘Kids’, este, sim, o melhor programa de entretenimento de televisão no mundo. Ali, naquele palco de Catarina Furtado, há tudo: boa música, emoção, cor, diversão, angústia, talento e mentores – Carlão, Carolina Deslandes, Fernando Daniel e Marisa Liz – a saberem o que estão a fazer, a viverem as alegrias e as dores dos pequenos concorrentes, capazes já – imagine-se – de cantar e encantar quem está em casa – sejam filhos, pais ou avós.