
1. De forma regular, Rita Pereira gosta de ser notícia. E é, de facto. Não pelo seu talento para representar – continua a ser mediana – e muito menos para apresentar – aí, já vimos que não dá mesmo –, mas pelas fotografias do seu corpo que partilha nas redes sociais ou pelos seus comportamentos. Desta vez, decidiu gozar com a TVI e a Plural, apenas a estação e a produtora que lhe deram tudo na vida e que lhe pagam um ordenado mensal de 10 mil euros
– o mais alto de todos, bem acima de colegas consagrados como Alexandra Lencastre e Fernanda Serrano. Disse ela, num vídeo, em tom jocoso… sobre umas cadeiras (velhas?) nos estúdios de Bucelas: "Vamos lá ver uma coisa. Se calhar, ao fim de 17 anos, mudávamos esta cadeirita, Plural. Hum, TVI, ao fim de, se calhar, 20 anos, esta cadeira está inclinada e os actores caem..."
O puxão de orelhas foi tão grande, por parte dos responsáveis da estação de Queluz de Baixo, que a actriz apagou entretanto o vídeo. Tarde demais, embora o seu objectivo tenha sido alcançado: ter likes junto dos fãs e ser naturalmente falada. Repare bem, caro leitor/a: o filme não procura melhorar as condições de trabalho à sua volta, procura a graçola fácil.
Esta polémica, desnecessária, infantil e egocêntrica, prova, afinal, o que sempre tenho defendido: a TVI criou um "monstro" e, agora, não tem mão nele. Exemplos recentes não faltam: dizer aos jornalistas na apresentação da novela A Herdeira que não sabia (quase) nada da sua personagem; queixar-se de que anda esgotada com o trabalho e que precisa de férias, quando tem privilégios que mais ninguém tem; e que a estação não a deixa engravidar.
É por isso que gosto de gente grande. De profissionais talentosos, inteligentes, sérios e humildes. Em Jogo Duplo, trama que sigo com particular atenção na TVI, rendo-me a actores como Diogo Infante, João Lagarto, Rui Mendes e Vítor Norte, estes três últimos com papéis relativamente pequenos. Ou até dos "miúdos" Sara Prata, João Catarré e Afonso Pimentel. Haja alguém que ainda aposte a sério na nobreza da profissão.
2. Passou-se mais uma semana e Nuno Artur Silva continua sem se demitir da administração da RTP, após a notícia da TV Guia a dar conta de negócios pouco transparentes. E passou-se mais uma semana que ninguém o demitiu.
Este país, onde nasceram e crescem os meus filhos, é uma brincadeira pegada.