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O pior e o melhor dos Globos de Ouro

Cadeiras vazias com o avançar da noite, novela ‘Quer o Destino’ e os seus protagonistas ignorados pela SIC, os elogios fáceis a Daniel Oliveira e a esperança de Gouveia e Melo.
09 de outubro de 2021 às 00:01
Henrique Gouveia e Melo
Henrique Gouveia e Melo

Os Globos de Ouro regressaram à SIC. Não vou falar do único vestido de Clara de Sousa – em 2019, a antecessora, Cristina Ferreira, desfilou cinco modelos! Não vou falar das cadeiras vazias no Coliseu dos Recreios de Lisboa, à medida que os ponteiros do relógio iam avançando. Não vou falar de Bruno Nogueira, que, na hora da vitória, revelou uma mensagem da filha… a terminar com um "chupa" – foi original e teve graça. Não vou falar das incompreensíveis ausências da novela ‘Quer o Destino’, da TVI – por acaso, pode vir a ganhar um Emmy –, e dos seus protagonistas nas nomeações. Não vou falar do estranho louvor a Carolina Carvalho como Revelação.

Não vou falar de Bárbara Branco, que, aos 21 anos, mostra uma maturidade e uma humildade assinaláveis no discurso. Não vou falar das intervenções (certeiras) de Paulo Branco e Rui Mendes, que recordaram que um país sem cultura – os governantes só se lembram dos artistas nas eleições – não é um país. Não vou falar dos geniais César Mourão e Ricardo Araújo Pereira. Não vou falar também daqueles elogios fáceis ao diretor Daniel Oliveira.

Não vou falar do confuso Rui Reininho. Não vou falar de Carolina Deslandes nem de Lúcia Moniz, tocantes nas suas palavras. Não vou falar das (bonitas) homenagens a Carlos do Carmo, Maria João Abreu e Sara Carreira. Ou da orquestra, dirigida por Nuno Feist. Nem vou falar da grave falha técnica que manchou a gala. Vou falar do momento em que Francisco Pinto Balsemão entregou o prémio Mérito e Excelência 2021 a Gouveia e Melo, responsável pela task force da vacinação contra a Covid-19.

Eu, que fiz o serviço militar obrigatório na Marinha, sinto um orgulho enorme na missão que foi dada ao vice-almirante e que foi cumprida com sucesso, sendo hoje um exemplo para o mundo de como se vacina um País em tempo recorde. Sem vícios, com rigor, sem vaidades, com disciplina, sem politiquices, com competência – onde andaríamos se tivesse estado no seu lugar um Cabrita qualquer? – e, não menos importante, com humanismo. "Este é um prémio de todos nós. Recuperámos a nossa esperança. Vou entregar este troféu ao Ministério da Saúde para que fique lá como recordação de uma batalha que vencemos em conjunto." Eternamente agradecido, Comandante.

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