
1. A TVI prepara-se para estrear mais um reality show, já em Setembro. Ainda sem nome, mas apresentado por Teresa Guilherme, ficamos a saber agora que serão 13 galas, com direito a 60 extras, e 16 concorrentes, 500 euros por semana para cada um – a relações-públicas Filipa de Castro é o primeiro nome garantido.
Previsto para arrancar a 17, um domingo, o documento a que tivemos acesso, em exclusivo, mostra que 16 celebridades, divididas por quatro equipas, vão ter de explorar vários negócios (uma pizzaria, um centro de lavagem automóvel, um bed&breakfast e um salão de beleza), com o objectivo, depois, "de doarem os lucros obtidos a instituições de solidariedade", à escolha da estação e dos participantes.
Não sei se este reality show irá ajudar a TVI a subir as audiências, sei que é bem melhor do que o ordinário Love on Top, que, mesmo de forma envergonhada, continua na grelha da estação de Queluz de Baixo. A ver se acertam no casting, sempre fundamental para o sucesso de qualquer formato em televisão, para vir de lá essa (genuína) diversão e saudável competição.
2. "Nem eu gosto do Braz [Rui Pedro]", diz-me o Artur, a propósito do excesso de "jogo falado" que há nas televisões portuguesas. Numa destas noites quentes de Verão, ainda antes do jantar, conversávamos sobre futebol e perguntei-lhe, a certa altura, de quem é que ele gostava de ouvir, afinal? A resposta foi célere. "Do Gobern [João] e do Miguel Guedes."
O Artur, advogado de profissão, que jogou apenas um ano comigo, mas que é daqueles amigos que fica para a vida, é sócio do Benfica e segue especialmente as guerras de palavras entre estes dois comentadores, na RTP3. "Têm um discurso inteligente, que foge ao habitual que temos por aí", justifica, a seguir.
"As minhas preferências vão para outros", disse-lhe eu, embora não perca muito tempo com este tipo de programas: "Gosto do José Manuel Freitas, do Fernando Mendes [os dois da CMTV] e do Rodolfo Reis [SIC Notícias]." As razões? Simples: "São gente do futebol, pura, que fala com paixão e sem cartilhas."
* O autor desta crónica escreve de acordo com a antiga ortografia.