1. Junho está a chegar ao fim, e a SIC prepara-se para vencer mais um mês à TVI, que será assim o 53.º consecutivo. Se de segunda a sexta-feira as duas andam próximas uma da outra, ao fim de semana, nem por isso. Por exemplo, no sábado, uma repetição (outra) de um episódio de ‘Terra Nossa’, com César Mourão em São Miguel, teve mais 150 mil espectadores do que ‘Casamento Marcado’, a recente aposta da estação de Queluz de Baixo no entretenimento. Aliás, este reality show de Maria Cerqueira Gomes parece ter o seu destino traçado: da estreia, em 3 de junho, até agora, dia 17, foi sempre a perder público: arrancou na liderança, com 806 mil espectadores, e o seu último episódio valeu-lhe 627 mil, um 5.º lugar na geral. Para já, é um péssimo balanço.
Mas há outra (clara) derrota na TVI. No domingo, a SIC esmagou com quatro pontos de diferença, no dia em que estreou uma das apostas de verão: ‘Salve-Se Quem Puder’. O programa de Diana Chaves e de Marco Horácio, que regressou ao pequeno ecrã 14 anos depois, foi o mais visto, com 1 milhão e 154 mil espectadores, reduzindo a cinzas o rival ‘Vai ou Racha’, de Pedro Teixeira, com 628 mil. É verdade, caro leitor, quase metade, o que é assustador, em horário nobre.
Já no verão, com a SIC a preparar uma série de novidades, a TVI responde com outro ‘Big Brother’, na rentrée. "Aí vamos nós outra vez. Vens?", pergunta Cristina Ferreira, a apresentadora do reality show. A ver vamos como Daniel Oliveira e José Eduardo Moniz irão movimentar, na época mais quente do ano, as peças no tabuleiro de xadrez, sabendo que as receitas das generalistas estão a ser fortemente afetadas pela redução do consumo de televisão.
2. ‘O Polígrafo’, o primeiro jornal português de fact-checking, que trabalha em parceria com a SIC, apostou há dias nesta questão: "É verdade que foi António de Oliveira Salazar quem criou o Serviço Nacional de Saúde?" Se poderia haver um pateta no País que acreditasse nisto, de o ditador ter sido o pai do SNS, com esta matéria, outros ficaram a pensar… Afinal, os polígrafos servem para quê? Para dar palco a mentiras.
