
É um dos sete pecados capitais e não tenho qualquer dúvida de que nasceu, foi criado e cultivado em Portugal. As ondas de frustração e de raiva que encharcam as redes sociais e, até, os debates mais ou menos públicos têm associado, na generalidade dos casos, uma causa de rancor que nos remete para o território da preguiça, do despeito, da incapacidade para atingir objetivos que outros conseguem realizar. Não são só as figuras públicas que estão sujeitas ao escrutínio da inveja. Tornam-se mais atrativas para os cultivadores do ódio e do despeito porque têm uma presença maior no espaço público. São enxovalhadas, brutalizadas, ofendidas, maltratadas sujeitas a ofensas e agressões saídas do esgoto de onde brota o esterco humano. Crimes como o assédio, a injúria, a difamação e a calúnia tornam-se no quotidiano desses desgraçados e desgraçadas que, pelo talento e pelo trabalho, se tornam o objeto de escárnio dos vencidos da vida. Que projetam nos outros a idealização daquilo que desejariam ter sido, e jamais o serão, por incompetência, preguiça, e incapacidade artística ou intelectual. O ódio e o rancor são sentimentos dos fracos. Dos incapazes. Dos infelizes por sua única culpa. Vem esta reflexão a propósito de Cristiano Ronaldo. Respeitado por milhões, adorado por muitos mais milhões, com uma história de jogador quase inimaginável para um ser humano, foi, durante esta semana, o bode expiatório de todos os moralistas de latrina. Porquê? Porque representando Portugal num jogo contra a Sérvia marcou um golo limpo ao terminar da partida. Não foi um golo qualquer. Dava a vitória à seleção que representa, em vez de um ponto na classificação para o Mundial, Portugal conquistaria três pontos, o que, numa prova reduzida a escassos jogos, são preciosos para quem quer ser campeão do mundo. Porém, o árbitro, por incompetência, anulou o golo. Cristiano Ronaldo insurgiu-se perante tão grande injustiça, protestou, gritou, furioso, e sabendo que não podia responder ao árbitro como merecia, num gesto de raiva atirou fora a braçadeira de capitão de equipa. Foi o pretexto. O País invejoso, servil e incapaz ignorou o ‘roubo’ a Portugal. Escutou-se um ou outro gemido de protesto, porém a braçadeira, a braçadeira!, foi o mote para arrasar o extraordinário atleta. A lava do despeito escorreu. Humilhar um herói, insultá-lo, denegri-lo (houve quem dissesse indignado que atirara fora um símbolo nacional) é bem mais gostoso do que entrar em rebelião contra o grave dano que aquele árbitro provocou à seleção portuguesa. Na verdade, a inveja foi sempre muito cobarde. Mas atrevida.
Não são só as figuras públicas que estão sujeitas ao escrutínio da inveja. Tornam-se mais atrativas para os cultivadores do ódio e do despeito porque têm uma presença maior no espaço público. São enxovalhadas, brutalizadas, ofendidas, maltratadas sujeitas a ofensas e agressões saídas do esgoto de onde brota o esterco humano. Crimes como o assédio, a injúria, a difamação e a calúnia tornam-se no quotidiano desses desgraçados e desgraçadas que, pelo talento e pelo trabalho, se tornam o objeto de escárnio dos vencidos da vida. Que projetam nos outros a idealização daquilo que desejariam ter sido, e jamais o serão, por incompetência, preguiça, e incapacidade artística ou intelectual. O ódio e o rancor são sentimentos dos fracos. Dos incapazes. Dos infelizes por sua única culpa.
Vem esta reflexão a propósito de Cristiano Ronaldo. Respeitado por milhões, adorado por muitos mais milhões, com uma história de jogador quase inimaginável para um ser humano, foi, durante esta semana, o bode expiatório de todos os moralistas de latrina. Porquê? Porque representando Portugal num jogo contra a Sérvia marcou um golo limpo ao terminar da partida. Não foi um golo qualquer. Dava a vitória à seleção que representa, em vez de um ponto na classificação para o Mundial, Portugal conquistaria três pontos, o que, numa prova reduzida a escassos jogos, são preciosos para quem quer ser campeão do mundo.