
É certo que a pandemia não tem dado descanso. Continua a infectar milhares de pessoas todos os dias, obriga ao internamento diário de umas dezenas e vai matando. Muito menos do que há três meses, mas sempre assassina. As vacinas, segundo os especialistas, amansou a fúria assassina. E com ela, a diminuição das medidas restritivas que nos foram impostas. Algumas delas tão disparatadas que nunca as iremos compreender.
Percebe-se pelos números que amansou. O que não significa que se tenha ido embora. Basta ler sobre o que se passa noutros lugares do mundo, já vacinados, para compreender que pode voltar nova avalanche de casos. Portanto, todo o cuidado é pouco.
Chegou agosto e o tempo da praia. Escrevo como conselho aquilo que é indicado como sendo a prevenção básica: lave as mãos com frequência, procure o distanciamento físico e em locais de muito movimento use sempre a máscara. Quanto ao resto, divirta-se e goze o mar e ar livre. Dezassete meses de confinamento, sem horizontes, enfiados em prisões domiciliárias, foi coisa que nos deu uns pontapés na saúde mental e é necessário regressarmos à vida. Ainda que com muita cautela.
Dito isto, receito mais alguns conselhos para que as suas férias não se transformem num pesadelo. Leve pouco dinheiro para a praia. Não deixe telemóvel exposto quando for dar um mergulho. Não abandone os seus pertences para ir dar um passeio. É importante que fique sempre alguém por perto, de vigia. Desnude-se de joias. Só empatam o sol e o bronzeado.
O furto por descuido é vulgar nas praias e, algumas delas, muito ativo. Mesmo que não furtem grandes quantias, basta lembrar que na sua carteira estão documentos como o Cartão de Cidadão, Carta de Condução, Cartões de Crédito que, ficando sem eles, apanha a dor de cabeça que não desejaria: em vez de praia ficará a defrontar a burocracia do Estado. É quase tão perigosa quanto a pandemia.
Boa saúde para todos!