EXCLUSIVO: Agente de José Castelo Branco e Betty Grafstein parte a loiça e relata o que se passava na casa de Nova Iorque (e não só)

Desde há uma semana, quando explodiu o caso de violência doméstica, que Luciana Lima, agente de José Castelo Branco e Betty Grafstein nos Estados Unidos, mal consegue pregar olho. A viver no Canadá, a empresária brasileira tenta, à distância, gerir o caos em que a vida do socialite se tornou, ao mesmo tempo que se compadece com a história de um casal com quem priva há vários anos e que conhece na intimidade. "O José tem várias condutas que eu abomino, mas com a Betty eu nunca vi nada. Ninguém cuidaria melhor dela do que ele", começa por contar à 'The Mag', acrescentando que decidiu dar esta entrevista por não suportar o "julgamento em praça pública" de que o socialite está a ser alvo, sem que tenha havido uma sentença.

Conhecedora da realidade do casal em Nova Iorque, Luciana não deixa nada por dizer e afirma que, enquanto o único filho de Betty, Roger, é ausente, Castelo Branco assume o papel de único cuidador da idosa, de 95 anos. "Essa história de que o filho vem salvá-la, desculpem lá, mas eu não acredito. Isto que estão a fazer com ela, de lhe tirar o José, é o que está a matá-la."

Em choque com as acusações, a agente fala ainda em "armadilha", "perseguição" e tenta desmistificar uma realidade que diz que o público, em geral, distorce. "As pessoas acham que o José faz da Betty um boneco, mas é uma exigência dela andar assim arranjada. As pessoas têm de entender que ela sempre foi uma diva."

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The Mag - Trabalha há vários anos como agente do José Castelo Branco e Betty Grafstein em Nova Iorque. Qual foi a realidade que encontrou em casa deles quando os conheceu?

Luciana Lima - Eu encontrei muito amor do José para com a Betty, isso é inquestionável. É por isso que eu não consigo acreditar em tudo o que está a acontecer. Porque de manhã, a prioridade dele, antes de mesmo de lavar os dentes, é ir para a cozinha preparar o pequeno-almoço da Betty. Ele coloca-a todos os dias a fazer exercício, a andar no andarilho pela sala, são cuidados diários que não falham: é a hora do comprimido, é a hora do banho. E mesmo em relação ao facto de ele a arranjar muito, as pessoas têm de entender que a Betty sempre foi uma diva, é uma vontade dela a de andar assim, ela não gosta de não estar arranjada, não se consegue ver de outra maneira. As pessoas acham que o José faz dela um boneco e não é verdade, são exigências da Betty. 

Qual foi a sua reação quando teve conhecimento de que tinha sido formalizada uma queixa por violência doméstica?

Não acreditei. Eu falo com o José umas dez vezes por dia e até me senti mal, mas perguntei: 'José, o que está a acontecer?'. E ele disse-me: 'Socorro, eu caí numa armadilha'.

Numa armadilha em que sentido?

Tem a ver com o Abel (Dias - fotógrafo do jet set que denunciou publicamente a situação que Betty estaria a viver). Ele é um inimigo antigo do José em Portugal, isso é sabido. Para terem noção, eu estive com o José e a Betty em Portugal para a organização do batizado da neta dele, a Constança, e uns dias antes da cerimónia tivemos de ir ao Porto por causa de um compromisso publicitário. Na altura, a Betty teve de ser hospitalizada, em Lisboa. E quando o Abel ficou a saber disso, foi a correr para o hospital, viu ali a chance dele, mas ele nem sequer estava autorizado a entrar porque não é que seja propriamente amigo da Betty, ninguém o é em Portugal. Ela pode ter conhecidos, amigos não.... porque um amigo liga diariamente, vai visitar. Imagina que você não vê uma pessoa durante 10 anos e agora é o melhor amigo dela... Foi isso que aconteceu com o Abel. 

Mas como justifica o depoimento dos cinco médicos que atestaram a violência doméstica?

Não sei porque não tenho informações mais específicas de dentro do hospital, não sei como foi feito, como foi gerido. A única coisa que eu sei é que, até que me provem o contrário, acredito que tenha sido o Abel a começar tudo isto. Há uma coisa que não me entra na cabeça: se ele diz que, quando visitou a Betty, em Lisboa, ela pediu por socorro, então enquanto amigo você não vai gritar o que aconteceu para os meios de comunicação social, vai chamar as autoridades competentes. São essas perguntas que me deixam sem resposta. Para mim, o erro do José foi ter ficado tempo a mais em Portugal. 

"Para mim, o erro do José foi ter ficado tempo a mais em Portugal"

Enquanto agente do José Castelo Branco, a Luciana conhece certamente a personalidade mais explosiva dele. Nunca o viu perder as estribeiras com a Betty, tornar-se mais agressivo, física ou psicologicamente?

Em relação a essa pergunta, eu posso jurar pela saúde dos meus dois filhos que em relação à Betty eu nunca vi nada. Se me perguntar se eu já vi essa atitude mais agressiva com outras pessoas, eu já vi o José até bater em pessoas, mas com a Betty jamais. Ele sempre teve a Betty num numa redoma de vidro, intocável. O que as pessoas veem nas redes sociais não é falso, é três vezes maior na intimidade. É um cuidado bem maior. Se estamos em casa, por exemplo, ele diz: 'fala baixo que a Betty ela está a descansar'. Na casa deles é assim.

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Mas além da queixa de violência, há mais pessoas que vieram a público dizer que a Betty era há muito vítima de violência psicológica. Como justifica essas acusações?

Em relação à Betty eu nunca, nunca presenciei nada. Nas outras coisas sim, é verdade, e digo-o na cara do José. Ele tem várias condutas que eu abomino. Várias atitudes com as quais eu não concordo, de agressividade para com as pessoas, a maneira de falar e tudo o mais, mas com a Betty zero. Nunca, nunca, nunca! E eu estou sempre lá, como com eles, muitas vezes durmo em casa deles, viajo, volto e nunca vi nada.

"Eu já vi o José até bater em pessoas, mas com a Betty jamais"

E o que é que a Betty lhe diz do marido?

Esse é o problema. É que eu tenho várias conversas privadas com a Betty. E vou dar um exemplo: antes de irmos para Portugal para o batizado, eu fui falar com a Betty e perguntei: 'você quer mesmo fazer essa viagem? Eu não acho seguro'. Cheguei a falar com o José sobre isso, porque eu não queria que ela fosse. E a Betty falou assim: 'Luciana, vontade de fazer a viagem eu não tenho, porque é uma viagem muito longa, mas eu não posso deixar de ir, porque eu não posso morrer sem conhecer a Constança e sem dar um último beijo meu ao Guilherme'.

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José Castelo Branco e Betty Grafstein Foto: Instagram

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Betty Grafstein, lady Betty Foto: Abel Dias

Betty Grafstein, lady Betty Foto: Abel Dias

Betty Grafstein, lady Betty Foto: Abel Dias

"E a Betty falou assim: 'Luciana, vontade de fazer a viagem eu não tenho, porque é uma viagem muito longa, mas eu não posso deixar de ir, porque eu não posso morrer sem conhecer a Constança e sem dar um último beijo meu ao Guilherme'"

Do que a conhece, como é que acha que a Betty está neste momento: aliviada por o José Castelo Branco ter saído da sua vida ou confusa em relação a esta situação?

Eu acho que, e digo isto pela sanidade mental que a Betty tem, toda esta situação é o que vai matá-la. Ela sempre teve consciência de tudo. É por isso que eu não consigo entender esse depoimento que dizem que ela deu a pedir socorro para uma pessoa com quem ela não convivia. Ela podia ter pedido, por exemplo, para mim, se fosse o caso. Eu sou totalmente imparcial, nunca protegi o José, pelo contrário. Todo o mundo que me conhece sabe as brigas que eu tenho com José, seja na frente de quem for. Isso que estão a fazer com ela, de de lhe tirar o José, é o que realmente está a miná-la, a matá-la, porque eu não vejo a Lady Betty sem o José. Ninguém cuidaria melhor dela do que ele.

"O ROGER ABANDONOU A MÃE. NÃO VEJO NENHUMA RELAÇÃO"

Como é o dia a dia deles em Nova Iorque. Há mais cuidadores para além do José Castelo Branco?

Ela tem uma pessoa que vai lá a casa ajudar no que é preciso, mas o José pouco ou nada pede de ajuda.

E qual é o papel do filho da Betty, Roger Basile, na vida dela?

O papel do Roger? Sobre isso, eu vou falar muito rápido, porque eu acho que não tenho muito poder de causa para o fazer, porque ele pouco ou nada se apresenta. Eu acho que ele abandonou a mãe, é o que eu acho, porque ele nunca liga para o José, não liga para a mãe. Eu não vejo nenhuma relação do Roger com com a Betty. Para mim, o Roger não existe.

Já trabalha com o casal há vários anos, chegou a conhecer o Roger pessoalmente?

Não pessoalmente, porque ele não vai, ele simplesmente não aparece, não liga. Da primeira vez que a Betty foi internada em Lisboa, foi muito difícil conseguir contactá-lo para que ele acionasse o seguro da mãe. O José estava desesperado e ele nem sequer atendia o telefone e a mãe estava no hospital. Portanto, essa história de que ele vem salvá-la, desculpem lá, mas eu não acredito.

Tem alguma informação sobre se ele virá a Portugal para estar com a mãe?

A informação que eu tenho é que ele não vai. 

E o que é que a Betty lhe dizia sobre isto? Há alguma mágoa da parte dela por não ter o filho presente, porque é o único filho dela...

Sobre isso ela não fala muito, porque é um assunto sobre o qual ela não se sente bem em falar, não a faz entrar num bom mood, digamos assim. Mas tem um ressentimento por não ter filho com ela em grandes datas. Por isso também o apreço da Betty pelo José, porque enquanto o filho não faz, o José está sempre ali.

"É o Roger que disponibiliza uma pensão para a mãe na qual é autorizado o dinheiro só para as despesas básicas porque ele quer ter certeza que o José não vai usar um centavo"

Quando dizem que o José apenas está com a Betty movido por interesses económicos, qual é a sua reação?

Isso são falácias, é uma coisa que não faz sentido nenhum nesse momento. Se o José não trabalhar, ele não come. Se ele vivesse do dinheiro da Lady Betty, ele não precisava de pedir para ficar a dormir na casa de amigos em Portugal. É o Roger que disponibiliza uma pensão para a mãe na qual é autorizado o dinheiro só para as despesas básicas porque ele quer ter certeza que o José não vai usar um centavo, então é tudo muito bem contado e controlado.

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José Castelo Branco e Lady Betty Grafstein Foto: Instagram

José Castelo Branco, Betty Grafstein Foto: Instagram

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A Luciana conhece bem o meio em que a Betty e o José Castelo Branco se movem em Nova Iorque. Quando se diz que a Betty tem uma grande fortuna, que é milionária, isso é efetivamente uma realidade ou exagero?

Eu sei que ela tem uma fortuna, de milhões. Quanto é? Não sei, nem nunca procurei aprofundar.

"O GUILHERME ACREDITA NA INOCÊNCIA DO PAI"

Tem falado com o filho do José Castelo Branco, o Guilherme? Como é que ele está a lidar com tudo isto?

Sim, eu falo com ele diariamente. E o que o Guilherme diz é: 'Eu agora preciso de me focar na minha família, preciso proteger a minha família. Eu não quero que a minha filha passe por nada daquilo que eu passei'. Então, aí eu resolvi assumir a linha da frente.

"O que o Guilherme diz é: 'Eu agora preciso de me focar na minha família, preciso proteger a minha família. Eu não quero que a minha filha passe por nada daquilo que eu passei'."

E do que falou com o Guilherme, acha que ele acredita na inocência do pai?

Sim, estamos todos em choque. Ninguém acredita nisto, nem ele, nem eu, nem ninguém. Antes disto estava tudo bem. O Guilherme tinha até confidenciado que o sonho dele era que o pai e a Betty não voltassem para Nova Iorque e ficassem em Portugal. Ele ama a Betty. A Betty está com o Guilherme desde que ele tinha cinco anos.

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Falou-se, inclusivamente, que a Betty teria deixado a casa de Sintra ao Guilherme. Isso é verdade?

Eu não sei, fui apanhada de surpresa pelas notícias e o Guilherme também...

"TENHO MEDO QUE O JOSÉ COMETA UMA LOUCURA"

Tem falado com o José Castelo Branco diariamente. Para lá daquilo que ele mostra publicamente, como é que o sente, na verdade?

Nos dois primeiros dias, eu acho que ele não estava a perceber o que se estava a passar. O que eu vejo é o José muito debilitado, não pela acusação em si, mas por estar longe da Betty. Ele falou: 'Luciana, estão a matar a minha Betty, estão a matar-me'. Isso sim, levou-o a um descontrole psicológico e não a acusação, porque é o que ele diz: 'quem não deve, não teme'. O meu maior medo é que ele cometa uma loucura, porque eu não consigo ver o José longe da Betty.

Sente que ele está vulnerável o suficiente para fazer alguma asneira?

Eu tenho medo, sim. Eu tenho medo porque é o que ele sempre falou: "não existe José sem Lady Betty". É triste o que as pessoas estão a fazer com ele, a julgá-lo em praça pública sem que ele tenha sido condenado.

Porque decidiu dar esta entrevista e defendê-lo?

Eu acho que toda a gente se sente no direito de falar de uma pessoa que, no fundo, não conhecem, que é o José por detrás das câmaras. O que me leva a dar o corpo às balas é saber quem é o José e saber o cuidador que ele é, quem ele é para a Lady Betty e o coração que tem, porque ele ajuda muita gente, ele ajuda um hospital em Nova Iorque, há muita coisa que o José faz que as pessoas não sabem. Em Nova Iorque, ele vive para a Betty. E depois há outra coisa. Por causa da idade, a Betty já foi hospitalizada muitas vezes nos Estados Unidos. Eu quero que me provem quando foi que ela entrou no hospital, principalmente em Nova Iorque, onde não se brinca com estes assuntos, com algum sinal de violência doméstica.

A vossa ligação já tem uns anos. Em que contexto é que se conheceram?

Eu vivo em Toronto, no Canadá, com o meu marido, que é português, e os meus dois filhos. Trabalhei como modelo em Portugal e quando me mudei para cá, foi algo natural, comecei a usar a minha experiência, mas numa outra vertente, fazendo agenciamento de alguns artistas, com alguns rappers que hoje são bem conhecidos. Em relação ao José, eu conheci-o depois da pandemia, num evento em Nova Iorque. E o que é que eu senti quando o vi? Que ele estava um pouco perdido, vi ali pequenas gafes que ele cometia, ainda que se apresentasse muito bem. E ao início, eu estava com medo de gerir a carreira dele porque o José tem tudo na mão, mas a postura dele, por vezes, deita tudo a perder. Mas ele disse que precisava de uma pessoa que lhe colocasse os pés no chão e começou aí a nossa ligação.

Deram-se logo bem?

Ao início foi bem difícil, porque ele é uma pessoa complicada, toda a gente sabe. Só que ele tem um coração enorme...

Que tipo de trabalhos ele faz em Nova Iorque?

O José faz muitas presenças, ele é muito solicitado. E há muitas coisas que estavam previstas para breve. Por exemplo, estávamos em gravações para um documentário, em parceria com a Netflix. Agora, neste momento, sabe-se lá se ainda vai acontecer ou não.

Estão a perder trabalhos?

Eu perdi todos os patrocínios que o José tinha. Por exemplo, temos um contrato com uma dentista, mas ela está a receber tanto ódio (nas redes sociais) que pediu para cancelar. Em três dias eu perdi absolutamente todos os contratos que tinha, o único que ainda se mantém é com a Prozis.

Depois de tudo isto terminar, como acha que vai ser a vida do José Castelo Branco? Acha que ele vai ficar em Portugal ou regressar a Nova Iorque?

Ele ama Portugal, mas sabe que aí tem muitos inimigos e, por mais que tenha o Guilherme, eu não o vejo em Portugal. Acho que vai regressar, ele já é muito nova-iorquino.

PERFIL

Luciana Lima tem 35 anos e nasceu no Brasil. Com um contexto familiar complicado, cedo teve de assumir os comandos da sua vida e mudou-se para Portugal ainda jovem, tendo acabado por dar nas vistas, trabalhando em várias agências de modelos. Já casada, acabaria por se mudar com o marido para Toronto, no Canadá, onde usou a sua experiência na moda para começar a fazer agenciamento de artistas, na área da música e não só. É lá que reside atualmente com o companheiro e os dois filhos. Foi durante uma ida a Nova Iorque, depois da pandemia da Covid-19, que conheceria José Castelo Branco e a mulher, tendo começado a fazer agenciamento do casal, que nos Estados Unidos é solicitado para presenças e outras parcerias comerciais, que agora estão postas em causa devido ao escândalo de violência doméstica em que o socialite está envolvido.