Guerra entre mãe e filha! Letizia vive o seu pior pesadelo às mãos da princesa Leonor
Gosta de ser rainha, um lugar que conquistou a pulso, com muito sacrifício, humilhações e lágrimas à mistura. Agora, a mulher de Felipe VI, que vê a sua posição ser abalada, não se dá por vencida e recusa-se a abdicar de todo o seu esforço. Nem mesmo pela filha, a legítima herdeira do trono de Espanha.
Há muito que Letizia se habituou a ser o centro de todas as atenções. Começou a ganhar protagonismo, a um nível mais modesto, quando foi escolhida para ser um dos pivôs do principal bloco de notícias da TVE e, mais tarde, quando foi apresentada como noiva de Felipe, príncipe das Astúrias, em novembro de 2003, altura em que ganhou um palco virado para o mundo. Nunca se amedrontou. Mesmo não tendo nascido com sangue azul ou ter sido educada desde tenra idade para o lugar que hoje ocupa, a "neta do taxista" – como Juan Carlos pejorativamente chamava [ou continua a chamar, não se sabe] à nora – sempre se mostrou à altura daquilo que era esperado de si.
De facto, ao longo de todos estes anos, só raras vezes a mulher de Felipe VI teve pequenos deslizes de protocolo. Deslizes esses que acontecem até mais pela sua forte personalidade e temperamento indomável do que pelo desconhecimento de como deve, ou não, comportar-se em público. Sim, se há coisa que a antiga jornalista aprendeu depressa foi como desempenhar na perfeição o seu papel de rainha consorte. Hoje, ao vermos Letizia ao lado do marido nas mais variadas situações, já nem nos lembramos que nasceu no seio de uma família plebeia de classe média e de princípios republicanos. Tem postura e porte de rainha.
LETIZIA NÃO QUER SAIR DE CENA
Gosta de estar onde está e, certamente, que já é tão monárquica quanto o mais monárquico dos espanhóis. Se houve coisa que sempre quis provar aos seus detratores – entre os quais estão os Borbón – é que é a pessoa certa para aquele lugar de tão grande destaque. Fez – e continua a fazer – de tudo para que não tenham razões para lhe apontarem o dedo. Resumindo, Letizia Ortiz é um "osso duro de roer" e, ao longo de todos estes anos, apesar de todas as críticas de que foi alvo e de todas as humilhações que passou às mãos dos sogros e das cunhadas, nunca se deixou derrubar.
Recusou-se a desbaratar a oportunidade de atirar à cara dos inimigos todas as suas conquistas no seio da monarquia e da família real. De facto, ela que é uma mulher segura, sente-se como "peixe na água". Gosta dos holofotes, da posição de poder, de dominar e de ser uma figura de vulto. Gosta de se exibir. Gosta de ser um ícone de moda. De pavonear a sua eterna juventude e a sua elegância no vestir. Resumindo, Letizia gosta muito de ser rainha e ai de quem se coloque no seu caminho ou atrapalhe o seu percurso de luzes.
OPERIGO CHEGOU DE ONDE MENOS SE ESPERAVA
Só que Letizia chega agora a uma altura da vida em que terá de enfrentar um novo obstáculo para que não passe a ter um papel secundário. E, curiosamente, esse obstáculo [o maior de todos] não vem de onde seria expectável. Desta vez, não vem do lado dos Borbón. Esses, já a rainha conseguiu "aniquilar" colocando-os a todos fora do Palácio da Zarzuela [resta a sogra, doña Sofia, mas também não será por muito mais tempo]. A mulher de Felipe VI arquitetou um plano – bem-sucedido, diga-se - para anular a importância da família do marido, construindo uma outra família real: o marido, ela e as duas filhas, a princesa Leonor – herdeira do trono de Espanha – e a infanta Sofia.
Mas voltando ao tal obstáculo que poderá apagar o brilho de Letizia. Se não são os Borbón, quem mais poderá atirar a rainha para um plano secundário? A própria filha! Sim, leu bem: a própria filha. Leonor, que completou 18 anos na passada terça-feira, 31 de outubro, é o maior perigo para a que a antiga jornalista continue a ser uma figura central na coroa de Espanha. Agora, que a princesa das Astúrias cresceu, que já atingiu a maioridade e que até já fez o necessário juramento perante a Constituição, os olhos e as atenções viraram-se todos para a herdeira do trono que, a cada dia que passa, está mais perto de ser rainha. Ela, sim, nascida para ocupar o trono e a ostentar a coroa sobre os seus cabelos loiros.
LEONOR ATIRA MÃE PARA PLANO SECUNDÁRIO
Ainda longe de ter a segurança e a postura altiva da mãe, Leonor ganhou vida própria. Dentro em breve - preveem os especialistas em assuntos da realeza – a mulher de Felipe VI passará a ser apenas a mãe da futura rainha. Em apenas poucos dias, a princesa já ultrapassou Letizia. Houve uma troca de lugares. Hoje, a herdeira do trono de Espanha conseguiu "destronar" a mãe do segundo lugar, atirando-a para um posto mais modesto, o terceiro.
É evidente que a antiga jornalista não aprecia esta mudança. Mesmo que seja a favor da filha. Letizia considera que Leonor ainda tem tempo para assumir o papel e responsabilidade que lhe cabe por nascimento. Dizem os especialistas que a rainha sempre infantilizou Leonor – e Sofia por arrasto – para atrasar a sua chegada ao palco principal. Para não chamar a atenção dos olhos do mundo para a jovem princesa. Para não lhe roubar as luzes do palco. Essa terá sido a forma que arranjou para adiar a troca de papeis – entre mãe e filha - que sempre temeu.
A DOR DA RAINHA
A atitude tensa que a rainha revelou durante a cerimónia de juramento da Constituição pode ser o sinal desse seu receio. A mulher do rei Felipe VI não conseguiu esconder o desconforto em alguns momentos da cerimónia. "Estava tensa, até mal-humorada", analisou a especialista em assuntos da realeza espanhola Pilar Eyre. Letizia "também estava triste" com o facto de doravante Leonor ganhar asas e ela, a mãe, deixará de a cuidar. "Para Letizia isso também representa uma dor", opina a jornalista e escritora catalã.
É certo e sabido que a mulher de Felipe VI vai tentar de tudo para não perder protagonismo, para não ser conhecida apenas como a mãe de Leonor, para continuar a brilhar em Espanha e no mundo. Sabe-se que Letizia é uma mulher determinada, resiliente e que nunca desiste perante as contrariedades, mas não há certezas de que ela consiga manter a filha mais velha afastada de forma a não lhe "roubar" o papel de destaque que tanto aprecia.