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Loucura por Pavlidis, o herói grego do Benfica que se tornou num jogador improvável depois de ter fintado o destino quase certo de se tornar camionista

Começou a jogar futebol como recomendação médica, para ver se conseguia ultrapassar alguns problemas de crescimento e, contra todas as expectativas, acabou por se tornar num verdadeiro craque. Num percurso com muitos sacrifícios, tinha de apanhar quatro comboios para estudar e jogar ao mesmo tempo e viveu numa família de acolhimento na Alemanha. Um esforço tornado real no último domingo, em forma de hat-trick, no jogo frente ao FC Porto em que Pavlidis foi condecorado pelos adeptos com o estatuto de herói.
Por Rute Lourenço | 07 de abril de 2025 às 11:01
Vangelis Pavlidis Foto: Flash

Vangelis Pavlidis. O nome é difícil de pronunciar mas está, na manhã desta segunda-feira, dia 7 de abril, na boca de meio País. O grego tornou-se no primeiro craque do Benfica a assinalar três golos no campo do FC Porto, tendo ajudado a consolidar a ampla vantagem dos encarnados por 4-1 no Estádio do Dragão. E o estatuto de herói não lhe podia, ao dia de hoje, assentar melhor.

Depois do jogo, a curiosidade em torno do goleador, de 26 anos, disparou. Quem ainda não se tinha debruçado sobre o assunto queria conhecer melhor a história do grego, aposta de Roger Schmidt, que tinha convencido o Benfica a desembolsar 18 milhões de euros para agarrar aquele que era visto como um super craque.

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Nascido em Salónica, Grécia, tornou-se futebolista quase por recomendação médica, depois de na infância lhe terem sido detetados problemas de crescimento nos pés e nos joelhos. Precisava de se exercitar mais, diziam os profissionais de saúde e depois de uma passagem desmotivador pela natação, seria no futebol que encontraria algo que efetivamente gostava de fazer. “Mas se tivessem dito ao meu pai, naquela altura, que eu me tornaria futebolista profissional, ele teria respondido que estavam loucos”, admite o craque, em declarações citadas pela 'Sábado'.

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Ainda assim, aquilo começou por ser uma brincadeira e Pavlidis recorda que, nas férias, tinha tendência para se esquecer que era futebolista. Voltava sempre aos treinos com vários quilos a mais. “Passava umas semanas na aldeia em casa da minha avó, uma boa cozinheira, e em vez de voltar com 9% de massa gorda, tinha uns 13 ou 14%", já partilhou o craque grego, que devido ao calor, uma vez chegou a desmaiar.

De uma brincadeira, o futebol passou a ser encarado com seriedade tanto por ele como pelos pais, da classe média grega, e que tinham a sua própria empresa de camionagem. Aliás, Pavlidis acredita piamente que se o futebol não tivesse aparecido na sua vida, estaria provavelmente a conduzir um camião, seguindo o legado da família. 

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A LUTA PARA SE IMPOR COMO FUTEBOLISTA

A veia goleadora de Pavlidis cedo começou a chamar a atenção e aos 15 anos já era chamado à Seleção. Apesar das propostas de vários clubes gregos, os pais quiseram apostar no estrangeiro, o que era uma forma de blindar o filho à instabilidade que se vivia no País. Mudava-se então para a Alemanha, onde teve de comer o pão que o diabo amassou.

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Em Bochum – o seu primeiro clube – vivia com uma família de acolhimento e para estudar numa escola Grega tinha de apanhar quatro comboios por dia, uma vez que a mais próxima era em Dortmund, a 25 km. "Era difícil, gastava duas horas e meia por dia em transportes, mas estava motivado porque fazia o que gostava.”

Vangelis Pavlidis Flash
Vangelis Pavlidis Flash
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Vangelis Pavlidis Flash
Vangelis Pavlidis Flash
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A partir daí, foi subindo a pulso e com o tempo vieram as primeiras lições: futebol não era apenas a paixão de ter a bola nos pés, era a sua vida, era trabalho e era também negócio. "Não se pode fazer isto só por diversão, às vezes é preciso sair um pouco do romantismo daqueles que nos seguem fanaticamente. O critério financeiro existe, por isso não se pode julgar um atleta por isso. O meu critério é que se tiver uma proposta melhor, vou para onde me pagam mais”, disse ao Business Review Greece o jogador que passou por clubes como o Borussia Dortmund e o AZ Alkmar até chegar ao Benfica. 

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Cristão ortodoxo, benze-se sempre no relvado e tem um perfil diferente de muitos futebolistas, que fazia com que na Alemanha fosse gozado por levar um tabuleiro de xadrez para os estágios, em vez da popular Palystation.

O AMOR  POR MARIANNA

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Quando no verão do ano passado, Pavlidis chegou a Lisboa, não veio sozinho. A seu lado estava a namorada, Marianna Solkidou, com quem mantém uma relação há vários anos e que sempre o ajudou em todas estas fases de mudanças e aventuras no estrangeiro.

Vangelis Pavlidis e Marianna Flash
Vangelis Pavlidis e Marianna Flash
Vangelis Pavlidis e Marianna Flash
Vangelis Pavlidis e Marianna Flash
Vangelis Pavlidis e Marianna Flash
Vangelis Pavlidis e Marianna Flash
Vangelis Pavlidis e Marianna Flash
Vangelis Pavlidis e Marianna Flash
Vangelis Pavlidis e Marianna Flash
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Flash
Vangelis Pavlidis e Marianna Flash
Vangelis Pavlidis e Marianna Flash

O Benfica oficializou na segunda-feira a contratação de Vangelis Pavlidis, que assinou contrato até 2029. Ao lado do avançado grego, de 25 anos, estiveram algumas das pessoas mais importantes da sua vida, entre elas a namorada, Marianna Solkidou.

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Marianna Solkidou tirou o curso de Contabilidade e Finanças e também mostrou qualidades no voleibol grego. Nas redes sociais, o grego do Benfica tem por hábito partilhar alguns momentos mais pessoais, onde é visível a cumplicidade que partilha com a cara-metade, que é o seu pilar na carreira auspiciosa, que desenvolve no futebol.

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