O luxuoso presente que todos querem receber na noite dos Óscares. Não, não é a estatueta... e chegam a valer 200 mil euros!

Ainda que grande parte da cerimónia dos Óscares seja transmitida para todos os amantes da Sétima Arte que apreciam o evento das estatuetas douradas, há vários pormenores da festa da Academia de Artes e Ciências que ficam "escondidos" dos telespetadores.

Nesta categoria, está incluído o "saco-oferta", ou 'swag bag', não-oficial, que é atribuído a todos os nomeados das cinco principais categorias, ou seja, atores principais e secundários, tal como aos realizadores.

A ideia, da empresa de marketing Distinctive Assets, consiste em oferecer a cada um destes "felizardos" um lote de brindes únicos, algo que irá voltar a acontecer na noite do próximo domingo, quando o Dolby Theatre se encher para a edição de 2023 dos Óscares. Esta terça-feira, a prestigiosa revista ‘Forbes’ revelou quais serão os presentes dedicados aos 26 candidatos a estes prémios da Academia e luxos… não faltam.

 

ATÉ VIAGENS E CIRURGIAS ESTÉTICAS ESTÃO INCLUIDAS

A ideia, de acordo com Lash Fary, fundador da Distinctive Assets, foi a de participar na festa dos Óscares de uma forma que não estivesse ligada à Academia: "Tivemos a ideia de presentear os principais nomeados. Se perderem, têm este prémio de consolação. Se ganharem, é a cereja no topo do bolo", referiu à ‘Forbes’.

O valor do sortido de presentes para a cerimónia de 2023 é de 126 mil dólares, equivalente a 119,5 mil euros, quantia que chegou a ser de 225 mil dólares, quase o dobro, em 2020, mas que continua a ser bem superior aos 400 dólares em que está a avaliada a icónica estatueta dourada que os vencedores levam para casa. E desengane-se quem pensa que as ofertas serão banais...

Uma escapadela para uma propriedade canadiana de 435 mil metros quadrados e três noites num farol restaurado na ilha de Ischia, perto da costa de Nápoles, fazem parte do pacote deste ano, com Fary a frisar que, ainda que todos os nomeados consigam pagar estas regalias, "não é por ser à borla, é porque encontrámos um local único que é inerentemente privado para uma celebridade".

23,7 mil euros em custos de restauração de casa e 38,9 mil euros em procedimentos de rejuvenescimento, que incluem lipoescultura de braços e restauração capilar, acompanham presentes bem mais em conta como bolachas da marca Clif Thins (cerca de 13 euros) ou pão de leite japonês da Ginza Nishikawa (cerca de 17 euros).

Joalharia, o livro ‘A Book for Life’ de Jo Bowlby, uma caixa de chocolates, óleo de massagens ou até uma almofada para o pescoço da PETA com uma inscrição que se opõe à utilização de macacos em laboratórios são alguns dos restantes brindes presentados aos candidatos aos Óscares. 

Top Gun: Maverick Foto: IMDb

Avatar, O Caminho da Água Foto: 20th Century Studios

A Voz das Mulheres Foto: United Artists Releasing

O Triângulo da Tristeza Foto: Lionsgate

Elvis, filme Foto: Warner Bros.

Os Espíritos de Inisherin Foto: Searchlight Pictures

A Oeste Nada de Novo Foto: Netflix

Tár Foto: Universal Pictures

Os Fabelmans Foto: Universal Pictures

Tudo em Todo o Lado ao Mesmo Tempo Foto: A24

 

NEM SEMPRE SÃO ACEITES

Lash Fary referiu ainda que são as empresas que pagam à Distinctive Assets para verem os seus produtos incluídos nestes "sacos-oferta", que na verdade são entregues em malas de viagem – a deste ano será da marca Havaianas.

Assinale-se que já houve nomeados a recusar este presente. Denzel Washington é um exemplo dado pela publicação, com J.K. Simmons a ter entregado o seu a uma instituição de caridade. Mas atenção que a oferta não entra a custo zero nas casas dos atores e realizadores, isto porque os brindes têm de passar pelo escrutínio do fisco, sendo vistos como receita.

Aliás, a Academia colocou um fim, em 2006, aos 'swag bags' oficiais, que eram dados a apresentadores e artistas, porque não queria que o seu brinde acarretasse deveres fiscais aos seus destinatários.

Assim, este ano, figuras como Austin Butler, Cate Blanchett, Angela Bassett, Judd Hirsch ou Steven Spielberg irão ter algo com que se contentar, mesmo que do conteúdo dos famosos envelopes lido a plenos pulmões no Dolby Theatre, em Los Angeles, não conste o seu nome.