O Papa pop! Os recados, os sorrisos e as imagens inesquecíveis do Papa Francisco na Jornada Mundial da Juventude em Lisboa
São imagens inesquecíveis, momentos únicos que ficarão para sempre na memória de quem os viveu e na cidade de Lisboa. Recorde como está a ser a jornada do Papa em Lisboa, rodeado de jovens.
Tem havido um pouco de tudo, e a Jornada Mundial da Juventude ainda vai a meio: muitos sorrisos, gritos de euforia, danças, peregrinações de grupos de jovens pelas ruas de Lisboa e arredores, lágrimas, bebés de colo a serem benzidos pelo Papa... Lisboa está a viver, há três dias, uma onda de euforia arrebatadora em torno da visita de Francisco à capital. Ontem, no Parque Eduardo VII, rebatizado de Colina do Encontro durante a JMJ, estima-se que tenham estado presentes meio milhão de pessoas para o Acolhimento ao Papa Francisco. Meio milhão em êxtase com o momento único que viviam.
Francisco, o Papa das causas, sem medo das palavras, não tem desapontado quem espera por ele horas para ver o sorriso ou simplesmente sentir-se perto. À porta da Nunciatura, onde está instalado, os primeiros bebés foram abençoados, em imagens que serão sempre lembradas. Sem receio do mundo, o papa abre janelas do carro, dispensa seguranças, sobe ao "papa-móvel", de pé, saudando peregrinos e todos os que querem estar junto de si. Momentos mágicos que não são são sinónimo de fim de pontificado mas antes de comunhão com os fiéis, o seu povo, os que estão ali pela fé.
"A Igreja é um lugar para todos", disse Francisco no primeiro dia, no Mosteiro dos Jerónimos perante uma plateia do mais alto clero e individualidades. Repetiu a palavra "todos" à exaustão no Parque Eduardo VII, perante uma multidão que repetia a palavra como se num concerto rock se encontrasse. "Todos. Não estou a ouvir. Mais alto", pedia o papa. E a multidão repetia: "Todos!", como abrindo os braços a minorias, a outros credos, a... todos. "Go!", diziam as letras que dançavam no palco no topo do Parque, mostrando-se à multidão que se estendia Avenida da Liberdade abaixo. Meio milhão, afinal. Uma evangelização nos sorrisos, mas sem medo de assumir posturas que de ortodoxas nada têm. Ou não fosse Francisco o Papa do Povo. É por isso que se encontra com vítimas de abusos, que visita o Bairro da Liberdade, que fala da Mouraria como exemplo de integração inter-cultural. E que deixa recados a políticos, "influenciadores" e decisores sociais: está nas mãos deles mudar, fazer mais por quem precisa, criar uma sociedade mais justa e mais humana. E é aqui que o faz com toda esta "juventude" a escuta-lo.
A peregrinação continua até domingo e quem sabe que mais poderá acontecer neste clima de euforia, de alegria e de esperança por um mundo melhor. Para já, se quiser recordar , percorra a galeria em cima e sorria: este é mundo de Francisco, o papa pop.