
Princesas herdeiras com histórias de vida semelhantes e o mesmo desejo de modernizar as monarquias europeias, Kate Middleton e Mary Donaldson partilham os mesmos desafios enquanto se preparam para serem rainhas, alguns dos quais são os rumores de infidelidade dos respetivos maridos.
Kate, de 41 anos, e Mary da Dinamarca, de 51, conheceram-se em 2011, numa visita que a agora princesa de Gales e William fizeram à Dinamarca logo depois o casamento real. Cinco anos depois, Mary e o príncipe Frederico retribuíram o gesto com uma visita ao Reino Unido onde voltaram a encontrar o casal amigo, desde então as duas princesas mostraram-se próximas.
Kate e Mary tiveram de fazer grandes mudanças de vida por causa do casamento com príncipes herdeiros. A princesa de Gales era uma estudante de História da Arte quando conheceu o príncipe William na Universidade St. Andrews, em 2001, e Mary tinha feito o curso de Comércio e Direito antes de começar a trabalhar na área de publicidade na Austrália quando conheceu o príncipe Frederico num pub em Sydney, durante as Olimpíadas de 2000. A australiana, que só tinha a rainha Isabel II como referência das monarquias europeias, tornou-se princesa quatro anos depois de conhecer Frederico.
Como mulheres que cresceram no anonimato, longe de palácios, jantares oficiais e tiaras, Kate e Mary têm ideias semelhantes sobre a importância de proteger crianças vulneráveis. Kate fundou a The Royal Foundation Centre for Early Childhood – um centro que apoia novas pesquisas sobre o impacto dos primeiros anos de vida das crianças –, e a princesa dinamarquesa fundou a Mary Foundation para proteger mulheres e crianças vítimas de violência doméstica. Também são duas apaixonadas por fotografia e amantes da moda, sendo muitas vezes apanhadas a usar os mesmos modelos de vestidos.
Karl Lagerfeld referiu em 2010 que Kate, 10 anos mais nova que a princesa dinamarqusa, podia ser "irmã mais nova" de Mary por causa das semelhanças físicas e estilo.
De acordo com o ‘Daily Mail’, Kate e Mary "falaram sobre as respetivas coroações, prometendo trabalharem juntas e apoiando-se mutuamente durante a transição de cada uma". As duas também estão ligadas por polémicas na vida pessoal.
KATE E A CRISE COM ROSE HANBURY
Em 2019, Kate Middleton enfrentou uma das maiores crises no palácio quando vieram a público as primeiras informações sobre um suposto affair do príncipe William com uma das suas amigas, Rose Hanbury. A notícia foi avançada pela revista 'In Touch Weekly', que chegou a receber ameaças do palácio de que teria de responder em tribunal pela publicação, mas o processo nunca chegou a ser formalizado. Meses depois a família real britânica viu-se ocupada com a polémica saída de Meghan e Harry do palácio.
O alegado romance do filho mais velho do rei Carlos III com a vizinha, também casada, terá acontecido quando Kate estava grávida do terceiro filho, o príncipe Louis.
Surgiram também fontes anónimas do palácio afirmando que Kate teria impedido que Rose fosse convidada para vários eventos mas a ex-modelo, casada com o marquês de Cholmodele, David Rocksavage, foi depois vista no jantar que a rainha Isabel II ofereceu a Donald Trump e nas homenagens à antiga monarca.
Em agosto, quatro anos depois dos rumores de infidelidade do príncipe William, o ‘Daily Mail’ noticiou a reaproximação de Kate e Rose. As duas terão sido vistas no Festival Houghton, um evento que não apareceu na agenda oficial da princesa de Gales.
PRINCESA MARY PERDE FORTUNA EM CASO DE DIVÓRCIO
Mais grave é a crise que Mary Donaldson e o marido estão a enfrentar. Ao contrário do príncipe William que só foi visto em situações sociais com Rose Hanbury, o príncipe Frederico da Dinamarca foi fotografado pela revista ‘Lecturas’ a entrar na casa da socialite Genoveva Casanova, em Madrid, depois de um jantar, e a sair de manhã cedo, com uma mala, sem seguranças, a caminho do aeroporto, onde apanhou um voo de regresso a Copenhaga.
O escândalo foi publicado durante uma visita oficial do rei Felipe VI e da rainha Letizia à Dinamarca, o que obrigou as duas famílias reais a cumprirem uma série de compromissos oficiais ao mesmo tempo em que as imagens da alegada "escapadinha" de Frederico a Madrid circulavam na imprensa internacional.
Genoveva Casanova desmentiu ter qualquer relação amorosa com o príncipe herdeiro da Dinamarca, mas a casa real manteve-se em silêncio.
A crise que Mary está a enfrentar coloca uma luz sobre o seu acordo pré-nupcial, que foi editado após dois anos de casamento e quando a princesa estava grávida pela segunda vez, de Isabel, hoje com 16 anos.
Mary terá sido obrigada pela sogra, a rainha Margarida II, a aceitar novos termos em que perde alguns direitos em caso de divórcio. No primeiro acordo pré-nupcial, Frederico estava obrigado a pagar uma quantia referente a cada ano de casamento em caso de divórcio, e ainda teria de pagar por uma casa à escolha da princesa, dentro ou fora da Dinamarca, segundo a 'Hola'. Essas cláusulas saíram do novo documento assinado por Mary.
A rainha Margarida terá insistido nas alterações depois de o filho Joaquim ter de pagar uma fortuna à ex-mulher, Alexandra de Frederiksborg, quando terminou o casamento de 10 anos.
MARY DA DINAMARCA ADORADA COMO KATE
Desde o encontro polémico do príncipe Frederico da Dinamarca com Genoveva Casanova, as redes sociais da casa real dinamarquesa encheram-se de comentários de apoio à princesa Mary, com os seguidores aflitos com a possibilidade de a australiana desistir do casamento, e, por sua vez, de ser rainha.
"Maravilhosa, linda, a princesa Mary. Adorável vê-la. Espero sinceramente que alguém esteja a olhar por ela e segure-a nisto", escreveu um seguidor esta semana, recordando que a família da princesa vive na Austrália, o que a deixa isolada no palácio. "Os olhos de Mary parecem tão tristes. Quanto é que ela e os seus filhos têm que suportar? Porquê não há nenhuma negação oficial dos rumores? É verdade o que os média relatam sobre a infidelidade?"; "A princesa Mary é uma pessoa tão admirável"; "Linda, força, Mary. O povo dinamarquês e muitas outras pessoas do outro lado do mundo desejam muita sorte e vida longa. Apoiamos-te"; "Como sempre linda e talentosa Mary. Ninguém pode substituí-la".
Já a popularidade dos membros da casa real britânica é muitas vezes medida em estudos e Kate Middleton aparece sempre no top dos membros favoritos da casa real. Dados de setembro da YouGov colocam a princesa de Gales como o terceiro membro mais popular da casa real, perdendo apenas para o marido, o príncipe William – com 74% de aprovação –, e para a princesa Ana (73%). Kate surge na lista com 72% de aprovação, seguida pelo rei Carlos III (60%) e pela família real em geral (60%).
Ao contrário dos outros membros da casa real, que têm maior aprovação nas faixas etárias mais velhas, Kate e William têm aprovação da população em todas as idades dos inquiridos.