
Os britânicos – e o mundo inteiro – tinham uma verdadeira adoração por Diana de Gales. Ela foi a lufada de ar fresco que veio "desempoeirar" a bafienta monarquia de Inglaterra. O povo tinha, finalmente, como princesa alguém que lhes era próxima. Acessível. Presente. Uma mulher carismática, simpática e, acima de tudo, de uma beleza cativante. Ela era tudo o que a família real nunca foi ou que nunca tinha sido até ali.
Com o desmoronar do casamento do príncipe Carlos, os britânicos – e, uma vez mais, o mundo inteiro – mantiveram-se lealmente ao lado de Diana que ficou conhecida como a "princesa do povo". De facto, à época, o divórcio do príncipe herdeiro fez mossa na monarquia. Só que então era Isabel II que estava sentada no trono. Pelo respeito que se tinha à rainha, a monarquia estava como que blindada contra qualquer ataque. Isabel II era a monarquia e a monarquia era Isabel II. Quer isto dizer que enquanto esteve no trono – e foram 70 anos – nunca ninguém pôs a instituição em causa. Tudo mudou com a morte da monarca.
Hoje, com Carlos III no lugar da mãe, a monarquia está muito mais fragilizada. Não tem a couraça que tinha. Nem de longe, nem de perto. Há cada vez mais críticos. Mais republicanos a pedirem o fim da monarquia. E com tantos ataques, a coroa treme. E treme ainda mais quando se coloca a hipótese (remota) de acontecer um divórcio entre William, o príncipe herdeiro, e Kate Middleton. Esse temor começou a crescer à medida que se identificaram as notícias de que o herdeiro do trono estaria a seguir as pisadas do pai no que a infidelidades diz respeito. Correm muitos rumores de que o príncipe de Gales tem uma relação extraconjugal com uma aristocrata de seu nome Rose Hanbury. Mulher esta que, com o seu marido, David Rocksavage, foram muito próximos dos príncipes. Seriam mesmo amigos frequentando a casa um dos outros. A amizade terá terminado após todos estes rumores e Rose passou de amiga a rival de Kate.
KATE ENCOSTOU WILLIAM À PAREDE
Verdade ou não o certo é que estes rumores provocaram uma profunda crise entre o casal real. Diz-se que a princesa se inspirou na sua sogra e teve a coragem de falar com o marido sobre o assunto dizendo-lhe que não iria permitir a existência de um triângulo amoroso na sua vida como tinha acontecido no passado com os pais de William e Camilla Parker-Bowles. Esta conversa poderá ter sido decisiva, pois nos últimos tempos os príncipes de Gales têm-se mostrado novamente muito próximos e cúmplices. Kate contou ainda com o apoio incondicional do sogro. Também Carlos III terá chamado o filho mais velho à razão dizendo-lhe que em caso de divórcio ele poderia nunca chegar ao trono.
Embora as "águas" pareçam agora bem mais calmas, o medo de um divórcio subsiste. Será que a instituição resistira a tão duro golpe? A um novo e terrível escândalo? Muito provavelmente não. Carlos III e Camilla estão a anos luz de serem tão intocáveis e respeitados quanto era Isabel II. Mas a razão principal não é apenas essa. É a figura da própria princesa de Gales. Embora ela também esteja muito longe do estatuto e do carinho que Diana Spencer tinha, Kate é hoje o membro em que a maioria dos britânicos depositam as suas esperanças para "salvar" a monarquia. Acreditam nela e no seu trabalho. Portanto, em caso de divórcio quem a iria substituir nesse papel? O abalo seria tão grande - e nisso há unanimidade entre os especialistas em assuntos da realeza - que um divórcio de Kate e William seria o princípio do fim da coroa britânica.
O PODER DE KATE
Por tudo isto, a mulher do príncipe William transformou-se numa peça essencial para a solidez da família real do Reino Unido. Foi a partir do momento em que conseguiu dissipar todas as dúvidas que pudessem existir em relação ao seu perfil enquanto futura rainha consorte e, acima de tudo, a sua conduta, que a princesa de Gales começou a ganhar poder ao ponto de ser uma das mulheres mais poderosas da atualidade.
Os súbditos reconhecem-lhe capacidade e o tanto que tem trabalhado nos bastidores para impedir que todos os escândalos, que se têm envolvido o nome dos Windsor, se pudessem transformar em novas e sérias ameaças à estabilidade da família. Tem sido ela que tem conseguido travar danos de maior escala. A especialista em realeza Jennie Bond explicou em que se traduz esta importância: "As pessoas sempre descreveram a Rainha-mãe como ‘aço numa luva de veludo’. Era sempre charmosa, gentil e muito admirada. Mas era também a força por trás do seu marido, Jorge VI, e a sua opinião sempre teve muito peso no palácio. Acredito que a Kate também tem essas mesmas qualidades", exemplificou à revista ‘OK!’.
CARLOS III RECONHECE A IMPORTÂNCIA DA NORA
"Ela conseguiu aprender a arte de fazer parte da realeza ao longo de vários anos e conquistou o seu lugar como membro sénior da família. Gradualmente, ela também tem conseguido obter o respeito do público e, acredito, do resto da família. Nós olhamos agora para ela não somente como a mulher do William, mas também como a nossa futura rainha", acrescentou, em relação à princesa de 41 anos. Carlos III está consciente do peso que a nora tem na imagem da ‘Royal Family’. Sabe que ela é um importante baluarte da estabilidade da coroa. Como também não lhe escapa o facto de que o futuro da instituição está, neste momento, nas suas mãos. O monarca reconhece que Kate Middleton se converteu no centro de todas as atenções atirando-o a ele, rei, e à mulher, Camilla Parker-Bowles, para um papel mais secundário.
O carisma e a elegância da mulher de William não passam despercebidos a ninguém e esses foram os seus principais trunfos para se transformar na protagonista da realeza britânica. Em todas as sondagens, Kate está entre os membros mais apreciados pelo povo. "O futuro está em Kate e é uma responsabilidade enorme porque se ela decidisse que não quer continuar casada com William, a família cairia" disse Paul Burrel. O ex-mordomo de Diana de Gales mostrou preocupação pelo futuro da monarquia e reconhece que o peso que pende sobre os ombros da atual princesa de Gales é imenso. Mas só de facto, uma mulher, com o sentido de missão como Kate Middleton pode levar o barco a bom porto.