
Mesmo a estudar no País de Gales num colégio exclusivo e reservado a uma pequena elite, o UWC Atlantic College, tudo se acaba por saber. Mais do que seria suposto e para grande desconforto dos visados. Foi precisamente isto que aconteceu no final de 2021 quando a notícia de que a princesa Leonor estava apaixonada e era correspondida foi tornada pública. A certeza de que não se tratava de mais um rumor chegou quando no início de janeiro, a princesa das Astúrias, que passou as férias de Natal em Madrid junto dos pais e da irmã, não quis passar o Dia de Reis, o ponto alto das festividades natalícias, com a família. Além de ser o dia em que se trocam presentes, é uma data muito importante para a família real espanhola que, sendo católica, dá grande relevância a esta tradição secular. Contra todas as expectativas, a herdeira do trono viajou para o País de Gales, ansiosa por voltar ao colégio, onde era esperada pelo namorado.
Letizia não gostou, mas viu-se impotente perante a vontade férrea da filha, já que esta alegava que tinha de viajar mais cedo dado as aulas começarem a 5 de janeiro. Um argumento que a rainha não conseguiu rebater, pois sempre frisou que Leonor e Sofia teriam sempre de colocar os estudos e a formação académica em primeiro lugar. Contudo, a mulher do rei Felipe VI não se deixou enganar. Adivinhava que a princesa estava mais com saudades do namorado do que preocupada com a escola. Essa era a razão maior para ter insistido tanto em viajar antes das celebrações do Dia de Reis, tradição de que tanto gosta.
UM AMOR COM A AUTORIZAÇÃO DOS PAIS
Se há pessoa que sabe de tudo o que se passa no colégio da filha, essa pessoa é Letizia. A sua personalidade controladora nunca lhe permite não se manter (bem) informada sobre os passos da herdeira do trono de Espanha. Foi, por isso mesmo, da primeira a inteirar-se do interesse da jovem adolescente por um rapaz de 16 anos [a mesma idade de Leonor] descrito por uma amiga da princesa como "alto, magro, muito bonito, estrangeiro e companheiro de internato. A identidade manteve-se (e ainda se mantém) em segredo.
A rainha ficou em polvorosa quando descobriu o "namorico". Terá deixado bem claro uma coisa: que a filha se foque apenas nos estudos e tenha a formação adequada para um dia assumir a enorme responsabilidade de se sentar no trono de Espanha. Exigente, a rainha que tem origens plebeias faz de tudo para que Leonor não tenha distrações que a desviem do seu caminho e, por isso, mostra-se cada vez mais intransigente com a jovem.
Só que a oposição da antiga jornalista da TVE – e do rei Felipe VI por arrasto – não foi suficiente para fazer com que a princesa das Astúrias esquecesse o namorado e desistisse deste amor juvenil. Para Leonor, a doçura deste bonito romance sobrepôs-se ao sentido de obedecer à mãe. Assim, e percebendo que seria melhor aceitar o namoro do que contrariar a filha, Letizia acabou, embora de má vontade, por dar a bênção a este amor.
A jornalista e escritora Pilar Eyre assegura que o impensável aconteceu quando Leonor teve inclusivamente autorização dos pais para trazer o seu amigo especial para a Zarzuela durante as recentes férias da Páscoa. Esta cedência, especialmente da mulher do rei de Espanha, é bastante surpreendente, mas ela terá percebido que mais vale aceitar do que proibir. Um amor contrariado tem sempre mais possibilidades de se fortificar do que um namoro tolerado e até acolhido. Por outro lado, o seu passado rebelde também terá pesado na mudança de comportamento de Letizia.
O PASSADO DE LETIZIA
Pilar Eyre, sempre muito bem informada do que se passa no Palácio da Zarzuela, sabe de fonte segura que a rainha teria mais ou menos a idade da filha quando se apaixonou por Alonso Guerrero, aquele que se viria a tornar o seu primeiro marido. Também este amor não agradou nada a Paloma Rocasolano e a Jesús Ortiz. Os pais opuseram-se fortemente a este romance. Foi essa resistência e proibição dos pais que levaram Letizia a tomar uma atitude bastante drástica: sair de casa e poder viver este seu primeiro e grande amor em liberdade e sem as amarras familiares. "Os pais não aceitaram o romance e, no dia em que completou 18 anos, ou seja, quando atingiu a maioridade, deixou a casa de família e foi viver com Afonso. Depois de muitas idas e vindas, acabaram por se casar. Divorciaram-se um ano depois", revela Pilar Eyre na revista ‘Lecturas’.
Perante a recordação do seu próprio passado, a antiga jornalista considerou que o melhor era não repetir os erros que os seus pais cometeram consigo. Letizia temeu que Leonor se tornasse uma menina revoltada e que também ela, assumisse uma atitude mais rebelde. Hoje, a sua maior preocupação é que Leonor não siga os seus próprios passos. Alguns dos quais se arrepende, pois "mancharam-lhe" o seu historial de vida quando foi apresentada como noiva do príncipe Felipe, herdeiro do trono de Espanha. Não é isto que a rainha deseja para a princesa das Astúrias. O seu sonho é que Leonor nunca tenha nada que lhe seja apontado ou que possa denegrir o seu percurso até chegar ao trono de Espanha.