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Sozinhos em casa. Como a nossa vida (e a das celebridades) mudou em 2021 e como devemos acreditar que isto até pode melhorar... em 2022

Sofá, streaming, instagram, as crianças a estudar em casa, mais streaming, uma novela que é uma comédia, as estrelas que perdem o brilho, os novos gémeos de Ronaldo, as casas reais europeias à beira de um ataque de nervos... e nós a vermos tudo pelas redes sociais e pela televisão. Este ano estafámos as almofadas lá em casa. Mas com fé isto melhora no próximo. Eis o que aprendemos com 2021.
Luísa Jeremias
Luísa Jeremias
31 de dezembro de 2021 às 00:12
Sozinho em casa
Sozinho em casa

Lembra-se de Kamala Harris, a vice de Joe Biden, cuja pele e postura é a mistura mais ampla do verdadeiro significado dos Estados Unidos da América, esse novo mundo, mistura de raças, etnias, formas de estar e de viver? Lembra-se? Vagamente, não é? Pois aí está o problema. Kamala foi eleita "com tudo", com todas as esperanças de um mundo melhor, igual, sem distinções de género nem cor nem ascendência social. E no entanto... não brilhou este ano. 

Não, a culpa não é - só - da pandemia e dessa barreira atlântica que foi criada sem darmos por ela. Essa barreira que afastou as américas da Europa e as preocupações de uns das dos outros. Até os óscares perderam o brilho, numa cerimónia que parecia gravada na casa antiga das avós, sem glamour, sem lantejoulas, sem penteados apanhados, rachas de cair para o lado, decotes a condizer, enfim, sem nada digno de interesse para nos manter presos ao acrã... o que infelizmente se traduz até nos filmes. Mas essa é outra discussão...

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Ela ginga!!! Veja os dotes de dançarina da vice-presidente dos EUA Kamala Harris

Adiante. Dizíamos, a culpa não foi só da pandemia. A verdade é que Kamala alimentou muitas esperanças e concretizou poucas. Não foi a única. 

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Cristina Ferreira deixa Ruben Rua corado. Veja porquê

2021 foi um ano estranho nas mais diversas áreas. Como se o brilho se tornasse difícil de avistar com clareza. Veja-se  caso português, numa área totalmente diferente: a televisão. Veja-se Cristina Ferreira, acabada de regressar à TVI em 2020. Este deveria ter sido o seu ano. O ano de "a dona disto tudo". E no entanto... também não foi. Um programa de fim de tarde que não se impôs, umas incursões no horário nobre que não deram em nada... - isto no que toca a ser a própria a dar o rosto. E como diretora de entretenimento. Ah, aí há uma grande vitória. Chama-se 'Festa é Festa', a novela que tem mais de sitcom do que de novela mas que resulta na perfeição e deixou Portugal rendido ao 'Bino', à 'Corcovada' e à caderneta de cromos - quero dizer, de personagens - que compõem esta história sem história, que vale por si própria. 

De quem foi a ideia? De Cristina Ferreira. E funcionou "que nem ginjas" - o que prova que a diretora percebe de gostos populares. E que sempre que trabalha no seu "mundo" faz tudo certíssimo. Portanto, em 2022, o melhor é não inventar - coisa que ela bem sabe, e por isso se nomeou apresentadora do novíssimo Big Brother Famosos - com estreia já no domingo. 

Mas voltemos atrás: às américas. Mais uma prova da distância entre a Europa e os Estados Unidos? Meghan e Harry, claro. Imagine-se que a primeira imagem da filha, a bebé Lilibeth Diana só apareceu agora, em tempo de natal, com a criança já com seis meses. Esse "mistério" em torno da menina esteve, porém, longe de ser o pior do ano. O filme de terror para a família real britânica foi, sem qualquer dúvida, a entrevista maquiavélica de Oprah a Meghan e Harry, na qual ninguém nem nada foi poupado. Um lavar de roupa suja que nem nos tempos "lingua de trapo" de Diana - perdoem-me a expressão os fãs devotos da princesa - teve lugar. Um ataque de coração para a rainha, para Carlos, para William... e um prato cheio para os tabloides britânicos que já têm secções unicamente dedicadas à megera .- perdão, à "americana" Meghan. 

E se esta fosse a única dor de cabeça das casas reais europeias, o mundo seria o país das maravilhas da Alice. Caríssimos leitores, o "buraco" foi muiiiiiiiito mais abaixo. 

Vejamos, Juan Carlos exilado em Abu Dhabi, acusado de fraude fiscal, invocando imunidade para escapar ao julgamento por alegado assédio à cúmplice, ex-amante e mulher que o tramou, Corinna zu Sayn-Wittgenstein - e ainda por cima isolado (não bastava o exilado) por ter estado, numa rara aparição "social" com Rafa Nadal... por causa da covid, claro. 

Continuando no principado do Mónaco. Aí, nesse território pródigo em polémicas, todos os recordes e "freak show" foram batidos. Charlene foi a estrela: desapareceu, "perdeu-se" na sua terra Natal, África do Sul, ficou sem ver os filhos, mil desculpas foram dadas, voltou... e instalou-se a confusão. Estaria a preparar o divórcio? Teria sido vítima de uma cirurgia estética que correu mal? Uma dor de cabeça que alimentou a discussão. O que se passa realmente com a "princesa triste"? Ninguém sabe. O que vale uma "segunda temporada" em 2022.

Segundas, terceiras, quartas temporadas, foi algo que não faltou no nosso vocabulário neste ano. De quê? Séries, evidentemente. Onde? No sofá. Ou melhor, no streaming! 'La Casa de Papel', 'Succession', voltaram. Estreou 'Bridgerton', 'The White Lotus', 'It's a Sin'... Foi um ano bom para pastelar em casa e esperar que a pandemia passasse e pudéssemos voltar aos restaurantes, aos teatros, aos amigos, às esplanadas (sem ser por obrigação de estar ao ar livre). Cultura, além das redes sociais e destas ficções para ver noite fora, foi coisa que nos faltou. Não só por estar "proibida" grande parte do ano, como pelo acesso à mesma se ter tornado mais complicado do que à maior parte das áreas. Enfim, houve belas exposições, há que dizer, com destaque para Ai Weiwei. E pouco mais. Só casa e máscaras por todo o lado. 

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Houve novelas da vida real pelo meio, daquelas a que também se assiste nos sítios do costume - redes sociais, net e tv. Não, não estou a falar do 'Big Brother', que somou e seguiu ao longo do ano. Boas novelas reais: Rendeiro na África do Sul a dar entrevistas e a deixar mulher e cadelas para trás na modesta mansão da Quinta Patiño, com uma segunda temporada já a ser preso em pijama (que belo "gancho", aprendam, autores!), em julgamento interrompido por falta de eletricidade e nos calabouços rodeado pela bandidagem ávida de "novidades". Mais: novela Carlos Alexandre, o juiz justiceiro com vários episódios de "todos dentro"; novela Ivo Rosa, o salvador dos mal-afamados, com Sócrates a sair ao seu melhor estilo de tribunal e deixar todos de cara "á banda"; novela Alzheimer na Sardenha, com a nova temporada, Alzheimer na Suiça, protagonizada por Ricardo Salgado... Ah, e novela, primeiro tomamos Lisboa, depois vamos tentar tomar o país (versão portuguesa do clássico de Cohen, First We take Manhattan, then we'll take Berlin) com o par romântico Moedas e Rio a tentar mudar o rumo da política nacional. 

Nenhum destes heróis (e vilões) conseguiu, contudo, tantos comentários como almirante-amado, rei da vacinação, Henrique Gouveia e Melo, cuja patente nunca foi pronunciada de forma certeira pelos portugueses. Não era almirante, era vice - mas dizer isso não dava jeito nenhum. E agora já é "chefe" da Marinha. Mais uma nova confusão. Pronto. Ficou batizado como "o almirante das vacinas" e chega. Cumpriu a missão e foi entronizado pelo povo, com todo o mérito. 

E agora, o que esperar de 2022, ano no qual entramos em modo "nova variante"?

Para qualquer dúvida, consultar os signos da Maya, que já fez previsões para o novo ano e até já disse qual a carta que nos vai reger. 

Porém, para já, estamos doidos por ver as carinhas dos (novos) gémeos Ronaldo - um menino e uma menina, já se sabe. Devem nascer em abril, deu a entender a mamã Georgina. Pelo que até lá temos muitas histórias da família para acompanhar. 

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Já há festa na casa de Cristiano Ronaldo. Craque mostra que o Natal já chegou

E mais... é viver cada dia. Nós e as estrelas. Afinal somos todos comuns mortais, apercebemo-nos cada vez mais, num ano em que perdemos Maria João Abreu, Rogério Samora... sem "anúncio prévio", numa idade tão precoce. Haja fé no futuro. E um sofá que aguente tanta casa...

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